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Cultura

Tela vai a leilão por valor recorde de R$ 9 milhões

FOTOS: REPRODUÇÃO

A Canvas Galeria de Arte, de São Paulo, vai levar a leilão, no próximo dia 12 de fevereiro, às 21 horas, uma das obras mais representativas e im­portantes de Candido Portinari, o “Flautista”. Avaliada em R$ 9 milhões, será, segundo o curador Rodrigo Brant, o mais valioso quadro do artista de Brodowski a ser leiloado em todo o mundo. O recorde anterior para um quadro, segundo ele, oscila em torno de R$ 4 milhões.

Essa obra foi adquirida originalmente diretamente do pintor pelo empre­sário Raymundo Ottoni de Castro Maia e reflete uma longa convivência intelectual entre o mecenas e o artista. A pintura, medindo 80 centíme­tros por 100 cm, é do final dos anos 1950, período de intensa atividade de Portinari, que no mesmo período terminou os painéis “Guerra e Paz”, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Estados Unidos.

O conjunto de obras contendo músicos como tema principal foi execu­tado por ele nos anos 1956 a 1959, como essa (“Flautista”), de 1956. O leilão trará 115 obras, algumas raras e de grande valor, de artistas como Antonio Dias, Cícero Dias, Di Cavalcanti e um Tomie Ohtake pintado na década de 1960. Além de Pancetti, Carybé e um Antonio Bandeira azul, muito especial, que o artista deu de presente ao amigo Jorge Amado, com direito a dedicatória no verso.

Portinari
Um dos maiores expoentes brasileiros das artes plásticas, Candido Portinari faria 115 anos em 30 de dezembro de 2018. Filho de imigran­tes italianos nascido em Brodowski, em 1903, manifestou sua vocação artística desde criança. Ao longo de sua carreira, pintou mais de cinco mil obras, entre elas os painéis “Guerra e Paz”, oferecidos pelo governo brasileiro à sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Estados Unidos.

Morreu em 6 de fevereiro de 1962, aos 58 anos, vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava. Filho de imigrantes italianos, Portinari criou desde pequenos esboços até grandes obras, murais e painéis. O artista foi o pintor brasileiro que conseguiu maior projeção internacional devido ao seu talento artístico e sua atuação no cenário cultural e político do Brasil. Figurou entre os intelectuais de sua época e estava sempre rode­ado de diplomatas, escritores, poetas e jornalistas.

Este grupo refletia sobre os problemas que afligiam a realidade do Brasil e de outros países. As mazelas que assolavam a população brasileira, o sucesso do nazifascismo e as consequências terríveis da guerra influen­ciaram a obra e a vida do pintor, que fez parte do Partido Comunista e teve que se exilar por um período no Uruguai.

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