Costurando nas altas esferas
O leitor que não está acostumado com as questões políticas e suas reentrâncias não sabe da importância que possuem os diretórios regionais dos partidos políticos e, em ultima instância, o diretório nacional de cada uma das agremiações partidárias. Os futuros e pretensos candidatos dois chamados partidos “nanicos”, sem influência de lastro, ficam à mercê das negociações de quem comanda tais legendas. Podem fazer o alarde que bem entenderem, mas se não tiverem condições de participação no diretório regional e não obtiverem o apoio dos “bambambans”, o voo do candidato poderá ser curto.
Morte no nascedouro
Os graúdos, quando querem aglutinar apoios, se dirigem diretamente à fonte, aos seus antigos parceiros em vilegiaturas passadas e presentes. Se os da paróquia, do “peniquinho municipal”, não tiverem o aval deles, nada feito. O diretório regional, o estadual, intervém no diretório citadino e mata no nascedouro a embrionária candidatura, principalmente se for para prefeito.
Aqui e agora
Quem conhece política garante que “aqui e agora” o prefeito Duarte Nogueira (PSDB) tem “tricotado” nas altas esferas e tudo deverá ocorrer como ele desejar. Está acostumado a tratar de altas questões melhor do que as com o baixo clero. Lidar com vereador, assessoria e questões menores administrativas não é o seu forte. Hoje ele trabalha na organização partidária que o apoiará. Todos serão testemunhas de apoios que receberá de pequenos e grandes partidos retirados do bolsinho do colete. Já começaram as ligações e consequências em alguns partidos. Ele faz “cara de paisagem”, como se nada tivesse feito para o fenômeno acontecer.
Oposição
A oposição ensaia passos mais ousados com alguns dos seus expoentes discutindo como fazer e o que fazer, etc. Enquanto isso, o atual prefeito, mesmo com a rejeição que as pesquisas contrárias garantem estar alta, vai caminhando célere para outubro. Aí vamos verificar quem “tem banana para vender”.
Papagaio de pirata
Os pré-candidatos à vereança, diante das dificuldades da redução do número de cadeiras do Legislativo, procuram modestas posições de “papagaios de pirata” quando há inaugurações. Basta o fotógrafo apontar a lente em algum acontecimento que se traduz em publicidade pré-eleitoral para que os quase futuros edis se acotovelem, uns sobre os outros, e saiam bem na foto. Se isto redundar em votos, estarão eleitos.