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Mortes na China passam de 2.780

PENG ZIYANG/XINHUA

A Comissão Nacional de Saúde da China informou nesta quinta-feira, 27 de feve­reiro, que o número de casos de coronavírus subiu para 78.824 e o total de mortes aumentou para 2.788 no país. Em relação à atualiza­ção de quarta-feira (26), fo­ram 327 novos infectados e 44 novos óbitos.

Em comunicado, o órgão chinês afirmou, também, que há 2.308 casos suspeitos na China e que 36.117 pessoas já foram curadas. O documento informou, ainda, que há dez casos da doença confirmados em Macau, 32 em Taiwan, com uma morte, e 93 em Hong Kong, com dois óbitos.

O diretor-geral da Orga­nização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alerta para a possibilidade de o avan­ço do coronavírus se tornar uma pandemia, mas ponde­rou que o surto ainda pode ser contido. “Estamos em um ponto decisivo”, definiu durante entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, nesta quinta-feira, 27 de fevereiro.

De acordo com Tedros, o principal foco de preocu­pação se deslocou para fora da China. “Nos últimos dois dias, o número de novos ca­sos de coronavírus no resto do mundo superou o número de novos casos no país asiáti­co”, destacou.

Ainda de acordo com a OMS, além do gigante asiáti­co, 44 países relataram 3.474 diagnósticos do vírus, com 54 mortes. “Minha mensa­gem para cada um desses países é a seguinte: esta é sua janela de oportunidade. Se agirem agressivamente agora, podem conter o coronavírus e salvar vidas”, diz Tedros.

A organização explica que a maior parte dos países que já registraram a doença está em fase de importação do vírus, mas que há casos de redes de transmissões pró­prias. “As epidemias no Irã, na Itália e na Coreia do Sul demonstram o que o coro­navírus é capaz”, lembra o diretor-geral.
O médico etíope citou a África como região que re­quer maior atenção, por ter sistemas de saúde mais frágeis, mas disse que todos os países do mundo têm comunidades vulneráveis. Para ele, o surto está em uma fase “delicada” e pode ir para qualquer lugar.

Olimpíada
A OMS está trabalhando com autoridades japonesas para avaliar a viabilidade dos Jogos Olímpicos de Tó­quio, marcados para julho. “Não teremos uma decisão sobre as Olimpíadas em bre­ve”, explicou o diretor-exe­cutivo da entidade, Michael Ryan, em entrevista coleti­va. Ryan lembrou que ou­tros grandes eventos acon­teceram durante epidemias anteriores, como a do zika, em 2016, quando foram re­alizados os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

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