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Inteligência geográfica para cadastrar moradores de rua 

Solução tecnológica permite cadastramento geográfico e a ampliação de políticas socioassistenciais para esta população (Alfredo Risk)  

A população em situação de rua é um dos problemas mais preocupantes para as autoridades públicas. Prova disso são os dados mais recentes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com base em dados de atendimento deste público feito pelo Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal. Eles apontam que a população em situação de rua no Brasil aumentou mais de 935% nos últimos dez anos, chegando a mais de 227 mil pessoas cadastradas até agosto de 2023.  

 O aumento destes números tem levado várias prefeituras a investirem em tecnologias de última geração, capazes de radiografar e cadastrar a população em situação de rua. Um desses projetos é encabeçado pela empresa Imagem Geosistemas está em fase piloto em cidades como São José do Rio Preto e São Paulo. 

 O projeto consiste na realização de um censo da população em situação de rua por meio da inteligência geográfica. Permite entender a distribuição espacial dessa população em cada cidade, identificar as áreas com maior concentração, além de conseguir pensar em melhorias no direcionamento de ações e serviços. 

O projeto conta com equipes que fazem as abordagens para o preenchimento de formulários eletrônicos.  

 Depois de coletados, os dados são analisados e compilados. Na plataforma do GIS é possível filtrar o perfil de cada entrevistado, de acordo com a faixa etária, raça e etnia, gênero, entre outras métricas. Além disso, há um campo que permite entender o que ocasionou a situação de rua de cada entrevistado e quais são os principais desafios para a saída das ruas. Finalizada a coleta dos dados, o Censo é aberto para acesso público em plataforma digital. 

 Segundo, Juliana Almeida, Executiva da Imagem Geosistemas, a tecnologia GIS mapeia todos os tipos de dados transcende suas aplicações tradicionais, atuando como uma ferramenta poderosa para enfrentar desafios sociais complexos, como a situação da população em rua. “A iniciativa pioneira da Prefeitura de São José do Rio Preto, não é apenas um marco na utilização do geoprocessamento para compreensão detalhada das necessidades dessa comunidade vulnerável, mas, também, é um passo adiante na formulação de políticas públicas realmente mais eficazes”, ressalta. 

 Um exemplo do que já vem sendo feito pela Prefeitura de São Paulo é o refinamento dos locais e pensar as distâncias das bases até as redes de serviço. Utilizando a inteligência geográfica, a Prefeitura consegue integrar o serviço de abordagem e agilizar o tempo de resposta das equipes a partir do recebimento da solicitação via 156, e, ainda, calcular a quantidade de suprimentos adequados para atender a todos os assistidos de forma efetiva. Ribeirão Preto ainda não participa do projeto. 

 

 

 

 

 

 

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