O Brasil superou a barreira de 2,7 milhões de casos de dengue. Desde o início do ano, já são 2.747.643 e 1.078 mortes confirmadas pela doença, segundo o Ministério da Saúde. Outros 1.593 óbitos estão em investigação. O coeficiente de incidência no país, neste momento, é de 1.353,1 ocorrências para cada grupo de 100 mil habitantes – acima de 300 já é epidemia.
A taxa de letalidade é de 0,04 no geral e de 4,11 em casos graves. O número de casos registrados em menos de quatro meses de 2024 é o maior da história. Supera em 65,64% os 1.658.816 de todo o ano passado, 1.088.827 a mais. Também está perto de bater o recorde de óbitos de 2023, de 1.179, o maior da série histórica iniciada em 2020.
Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, divulgados nesta quinta-feira, 4 de abril, pelo do Ministério da Saúde. Do total de casos, 26.524 são graves ou com sinais de alarme. Na quinta-feira (4), eram 2.711.308 ocorrências no país – são 36.335 a mais em apenas 24 horas –, 1.335,2 por grupo de 100 mil habitantes. O país somava 1.0440 mortes em decorrência da doença transmitida pelo Aedes aegypti e 1.576 estavam em investigação.
Entre os casos prováveis, 55,4% são de mulheres e 44,6% de homens. A faixa etária dos 20 aos 29 anos responde pelo maior número de ocorrências de dengue no país (517.381), seguida pelo grupo de 30 a 39 anos (438.947) e de 40 a 49 anos (410.342).
Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o Brasil poderá ter neste ano o dobro de casos de dengue registrados em 2023, que chegou a 1.658.816 casos. A previsão é que o país chegue aos 4,2 milhões de casos em 2024. Algo nunca antes visto nas mais de quatro décadas de combate à dengue em território nacional.
Os principais sintomas relacionados à dengue são febre alta de início repentino, dor atrás dos olhos, mal estar, prostração e dores no corpo. O vírus da dengue pode ser transmitido ao homem principalmente pela picada de fêmeas de Aedes aegypti infectadas.
Ribeirão Preto tem 11.095 casos de dengue neste ano, além de 22.274 sob investigação. Uma semana atrás eram 9.541. Em sete dias, o Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e da febre chikungunya – fez mais 1.554 vítimas, aumento de 16,29%. Quatro mortes já foram confirmadas este ano, duas em janeiro (um adulto jovem e uma idosa) e duas em fevereiro (um homem e uma mulher, ambos jovens e com comorbidades).