A Justiça concedeu liberdade provisória para Ana Paula Junqueira, engenheira agrônoma que foi presa após briga em um posto de combustíveis no Jardim Paulista, zona Leste de Ribeirão Preto. A confusão ocorreu na noite de 16 de março.
A liberdade foi concedida no final da manhã desta quarta-feira (27) após pagamento de fiança de R$ 10 mil. Antes, a defesa de Ana Paula havia tido negado os pedidos de habeas corpus e prisão domiciliar feitos junto à Justiça de Ribeirão Preto e ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
A expectativa é que a mulher fosse solta ainda nesta quarta-feira. Ela está presa há 11 dias na Cadeia Feminina de Guariba, para onde foi levada no dia seguinte à briga em que ela teria se envolvido.
Relembre o caso
Na noite de 16 de março, Ana Paula se envolveu em uma briga num posto de combustíveis. Inicialmente, a agrônoma foi dar marcha à ré em seu carro e bateu em um outro carro, onde estavam um casal e um bebê de dois meses.
Houve uma discussão entre as duas mulheres e Ana Paula atingiu novamente o carro, segundo testemunhas, de forma intencional. Houve nova discussão e câmeras de segurança mostraram a agrônoma agredindo o casal.
A Polícia Militar foi chamada. Enquanto os policiais colhiam depoimentos no interior da loja de conveniência do posto, Ana Paula foi filmada bebendo cerveja e ofendendo algumas pessoas. Também ofendeu os policiais.
Ao entrar na viatura para seguir até a delegacia, ela teria oferecido suborno para os PMs de R$ 50 mil até R$ 500 mil, dizendo ser dona de fazenda. Na delegacia, se recusou a fazer o bafômetro e um médico teria feito um exame clínico constatando embriaguez. Durante a elaboração do Boletim de Ocorrência, a mulher disse que sua filha, de nove anos, estava sozinha em casa.
A PM foi até o local com o pai da criança e resgataram a menina. Ana Paula foi autuada por seis crimes: embriaguez ao volante, dano, lesão corporal, desacato, corrupção ativa e abandono de incapaz. Foi presa em flagrante e, desde 17 de março, está na Cadeia Feminina de Guariba.
A defesa de Ana Paula entrou com pedido de habeas corpus. O advogado justificou que ela faz tratamento psiquiátrico há 15 anos, que não estaria alcoolizada e nem teria deixado a filha sozinha, pois voltaria para casa após as compras. Também justifica que a mulher do outro carro teria tirado a chave de seu veículo.
Os pedidos de revogação da prisão preventiva e de prisão domiciliar, foram indeferidos pela Justiça em Ribeirão Preto. Novo recurso foi feito junto ao TJSP, que negou liminar. Após o pagamento da fiança de R$ 10 mil, Ana Paula seria solta para aguardar as investigações e responder ao processo em liberdade.