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Dengue ainda afeta doação de sangue 

Todos os tipos sanguíneos são necessários neste momento, principalmente os de Rh negativo (O-, A-, B- e AB-), que são os que mais estão em falta (Divulgação)

O Brasil vive uma alta histórica de aumento nos diagnósticos de dengue. O país chegou a mais de 1,6 milhão de casos confirmados, quantidade maior que a metade dos números registrados durante o ano todo de 2023, segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde. Se não houver um controle mais severo da doença, o órgão público estima que possamos chegar a 4,2 milhões de casos, um número nunca alcançado antes pelo Brasil.

Em Ribeirão Preto, os casos notificados afetam a população de forma direta e indireta, ao privar as pessoas a realizarem a doação de sangue, conforme explica Micheli Caligioni, captadora de doadores do GSH Banco de Sangue de Ribeirão Preto.

“Estamos seguindo o protocolo do Ministério da Saúde em relação aos doadores que tiveram dengue para garantir a melhor qualidade possível do sangue coletado. Então, todos que tiveram dengue recentemente, ou tiveram contato sexual com alguém que teve nos últimos 30 dias, ou ainda tomou a vacina contra a doença, devem aguardar 30 dias para doar novamente”, diz.

“Nos casos de dengue hemorrágica, o resguardo deve ser de 180 dias após a recuperação completa”, explica. O GSH Banco de Sangue de Ribeirão Preto reforça com a população a urgência e necessidade de reposição de seus estoques.

“O aumento de diagnósticos da dengue e outras viroses faz com que mais pessoas precisem de transfusões, intensificando a necessidade de bolsas de sangue. Estamos com um déficit de 50% nas doações há um tempo, e precisando urgente da colaboração de novos doadores também”, convoca Micheli.

Todos os tipos sanguíneos são necessários neste momento, principalmente os de Rh negativo (O-, A-, B- e AB-), que são os que mais estão em falta. Mesmo quem não sabe qual o seu tipo sanguíneo pode doar, pois, no procedimento de doação é realizado o teste de tipagem.

Mesmo quem não sabe qual o seu tipo sanguíneo pode doar, pois, no procedimento de doação é realizado o teste de tipagem. O GSH Banco de Sangue fica na rua Quintino Bocaiúva nº 975, Vila Seixas. O telefone é (16) 3977-5900 | WhatsApp: (16) 99702-0830. A unidade funciona de segunda-feira a sábado, das sete às 12 horas.

Para doar, basta comparecer à unidade, ou agendar previamente. De acordo com o Ministério da Saúde, apenas cerca de 1,8% da população brasileira é doadora. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que esse índice chegue a, no mínimo, 3%. Uma doação pode salvar quatro vidas. A instituição atende doze hospitais na região.

A doação de sangue proporciona chance de vida e esperança aos pacientes internados que necessitam de transfusões. Entre eles, os que têm anemia falciforme, os que estão em tratamentos de câncer, além das vítimas de acidentes de trânsito e queimaduras, pacientes que serão submetidos a cirurgias de médio e grande porte, como cardíacas e transplantes.

Requisitos – Entre outros, um dos requisitos básicos para ser um doador é ter entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação). Para os menores (entre 16 e 18 anos), é necessário o consentimento dos responsáveis.

Entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. Também deve estar em boas condições de saúde, pesar no mínimo 50 quilos e não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas doze horas. No dia da doação, é imprescindível levar documento de identidade com foto.

Documentos – Na hora da doação, deve apresentar um documento oficial com foto – Registro Geral (RG, a cédula de identidade), Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e etc. – em bom estado de conservação. Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar três horas. Não é necessário estar em jejum. Uma única doação de sangue pode salvar até quatro vidas.  A falta de sangue pode suspender cirurgias nos hospitais da região.

Os potenciais doadores com diagnóstico ou suspeita de covid-19 e que apresentaram sintomas da doença, mesmo nos casos leves ou moderados, só poderão doar sangue após um período de dez dias após recuperação da doença. Antes, eram 14 dias. Também serão consideradas inaptas as pessoas que apresentarem teste diagnóstico positivo para Sars-CoV-2, mesmo que sejam assintomáticas. O período de proibição é de dez dias após a data da coleta do exame.

 

 

  

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