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Prejuízo atinge 34,4% dos bares 

Levantamento da Abrasel da Alta Mogiana revela ainda que 46% dos estabelecimentos enfrentam dificuldades financeiras, acumulando dívidas em atraso (Tomaz Silva-Ag.Br.)

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Alta Mogiana (Abrasel-AM) divulgou nesta segunda-feira, 11de março, uma radiografia da situação econômica dos estabelecimentos gastronômicos na macrorregião de Ribeirão Preto. O levantamento revela que 46% estão enfrentando dificuldades financeiras, acumulando dívidas em atraso.  
 
A pesquisa aponta ainda que 34,4% registraram prejuízo em janeiro, enquanto 37,7% ficaram estáveis e 28% tiveram lucro. De acordo com o levantamento, 78,7% dos bares e restaurantes apresentaram desempenho inferior em janeiro quando comparado a dezembro, sinal de desaceleração após o período das festas de final de ano. 
 
Para Renato Munhoz, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes na região da Alta Mogiana, apesar do grande esforço do setor, que tenta se restaurar mês a mês, o endividamento das  empresas ainda preocupa muito.  
 
Janeiro apresenta desaceleração após o vigoroso dezembro no setor. Na Alta Mogiana, superamos levemente a média nacional, e o carnaval em fevereiro desempenhou papel importante. Entretanto, o crescente endividamento é uma preocupação a ser considerada”, afirma. 
 
Desafios de inflação A pesquisa revela que 49,2% dos estabelecimentos não elevaram os preços dos produtos e serviços nos últimos doze meses. Outros 47,6% promoveram reajustes na média ou abaixo da inflação, enquanto apenas 3,3% conseguiram cobrar acima dos índices inflacionários. 
 
No aspecto financeiro, 46% das empresas estão com dívidas em atraso. Dentre os devedores, 60,7% estão em débito com impostos federais, 39,3% com tributos estaduais, 28,6% acumulam empréstimos bancários e 21,4% encargos trabalhistas e previdenciários. Além disso, 43% têm dívidas com serviços públicos, 14,3% com taxas municipais, 50% com fornecedores de insumos e 18% estão com o aluguel atrasado. 
 
A Abrasel na região da Alta Mogiana reafirma seu compromisso em acompanhar de perto as condições econômicas, buscando colaborar com os empresários do setor para enfrentar esses desafios e impulsionar a recuperação do segmento de bares e restaurantes na região”, afirma o presidente a entidade.  
 
Carnaval O carnaval, conhecido por impulsionar setores como o de alimentação fora do lar, trouxe um enredo diversificado. Enquanto 32,2% das empresas abriram alas para um aumento no faturamento em relação ao ano anterior, 21,4% mantiveram-se em sintonia com o desempenho de 2023. 
 
No entanto, 41% encontraram-se abaixo das expectativas, revelando as nuances de um cenário econômico complexo. Curiosamente, 5,4% das empresas sequer existiam no carnaval de 2023, uma demonstração de uma renovação que, infelizmente, não se traduziu uniformemente em resultados positivos. 
 
Brasil Em todo o Brasil, o movimento reduzido, especialmente nas cidades com menor fluxo turístico, fez com que 29% das empresas do setor de bares e restaurantes do Brasil relatassem prejuízos em janeiro deste ano, mostrando aumento de 60% em comparação aos 18% dos empreendimentos que fecharam dezembro de 2023 “no vermelho”.  
 
A pesquisa foi divulgada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Foram ouvidos 2.128 empresários do setor, em todos os estados do país, entre os dias 19 e 26 de fevereiro. De acordo com a pesquisa, 59% dos bares e restaurantes do país tiveram faturamento menor em janeiro do que no mês anterior.  
 
A queda no faturamento ajuda a explicar o mau desempenho. Nas regiões não turísticas, o faturamento caiu 10%. No primeiro mês deste ano, houve queda significativa no percentual de estabelecimentos que registraram lucro, passando de 48% em dezembro para 34% em janeiro. 
 
O setor está com 43% das empresas com pagamentos em atraso. Sessenta e nove por cento dessas empresas estão devendo impostos federais e um quarto dos estabelecimentos endividados devendo encargos trabalhistas. Outras 28% devem serviços públicos.  
 

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