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Hora de banir o Aedes aegypti 

Duarte Nogueira *
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Ribeirão Preto, assim como a maioria das cidades do país, registra neste início de ano um aumento significativo dos casos de dengue, doença que pode ser fatal em algumas situações. No país, o número de registros ultrapassa a casa dos 650 mil, um número expressivo levando-se em consideração que ainda temos quase quatro meses de período crítico para o desenvolvimento do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela. No período chuvoso do ano o número de criadouros aumenta e os focos se multiplicam com enorme facilidade.

Em Ribeirão Preto o número de casos também causa grande preocupação. O crescimento é considerável, comparando-se o período deste ano com o do ano passado. Em janeiro e fevereiro de 2023 o número de casos ficou em 1.290. Neste ano, até o dia 9 de fevereiro, foram 1.828 registros e hoje – antes de terminar fevereiro – estamos com mais de 2.000 casos confirmados de dengue. O aumento da doença eleva, automaticamente, o número de atendimentos em nossa rede pública, provocando aglomeração de pessoas nas unidades de saúde.

A prefeitura tem feito a sua parte na busca da redução de criadouros do mosquito. Além do trabalho diário de fiscalização e orientação sobre o Aedes aegypti, a Secretaria Municipal da Saúde tem organizado mutirões semanais, aos sábados (quando mais pessoas estão em casa), envolvendo centenas de pessoas, caminhões e veículos oficiais no trabalho de identificar e remover os focos de criadouros do mosquito. Nestes mutirões são recolhidos entulhos de toda ordem e vasilhas que podem acumular água limpa, ambiente propício para a reprodução do mosquito.

Nos mutirões realizados em janeiro e fevereiro, sempre aos sábados, já foram recolhidos mais de 31 toneladas de objetos que poderiam ser transformados em criadouros do Aedes, entre eles os pneus usados, que acumulam água com facilidade. Ao mesmo tempo em que os materiais são recolhidos, equipes da saúde orientam os moradores a cuidar de suas casas e a eliminar os criadouros do mosquito. O mesmo trabalho é feito diariamente por toda a cidade, com o objetivo de prevenir, evitar a contaminação das pessoas pelos mosquitos infectados.

A orientação também é feita em estabelecimentos comerciais que podem ampliar a divulgação, tanto por meio de agentes de saúde como em eventos. Um exemplo é a exposição promovida pela Divisão de Vigilância em Saúde, em supermercados da cidade. Na ocasião são transmitidas informações sobre o ciclo evolutivo do mosquito, realizadas palestras educativas sobre a prevenção das doenças e exposição de banners ilustrativos. À exposição são levados também criadouros e produtos alternativos para o combate do mosquito transmissor.

Nos alertas e trabalho de conscientização, a prefeitura tem contado também com o trabalho essencial da imprensa. Os veículos de comunicação não têm se limitado a informar sobre números da doença e suas complicações. A divulgação é feita, na grande maioria das vezes, com informações a respeito da prevenção e dos cuidados para se evitar a presença do mosquito nas residências e locais de trabalho das pessoas.

Temos também recebido o apoio incondicional da maioria dos moradores da cidade, que atendem aos apelos das autoridades de saúde e atuam para eliminar os criadouros. Mas precisamos contar ainda com o restante dos habitantes, porque 80% dos criadouros do mosquito estão nas residências. Precisamos de união e trabalho para acabar com o mosquito que tanto mal nos causa. Vamos todos juntos ao combate.

* Prefeito de Ribeirão Preto   

 

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