O preço do álcool combustível disparou nas usinas paulistas pela segunda semana seguida. O valor do hidratado está acima de R$ 2,00, mas “encostou” nos R$ 3,90 no final de 2021. Na sexta-feira, 26 de janeiro, avançou 7,08%, de R$ 1,9012 para R$ 2,0359 por litro. No dia 19, a alta foi de 3,14%. Havia baixado 1,64% no dia 12 e mais 1,38% no dia 5.
O anidro – adicionado à gasolina em até 27% – subiu 4,31%, após alta de 2,48% no dia 19, queda de 3,32% em 12 de janeiro e aumento de 0,80 no dia 5. Fechou a semana passada beirando R$ 2,20. Passou de R$ 2,1067 para R$ 2,1974 o litro. Os dados foram divulgados na sexta-feira (26) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 21 e 27 de janeiro, o litro do etanol vendido em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 3,60 (mínimo de R$ 3,32 e máximo de R$ 3,79). A gasolina sai por R$ 5,65 (piso de R$ 5,32 e teto de R$ 5,99). O litro do diesel custa, em média, R$ 5,82 (mínimo de R$ 5,47 e máximo de R$ 6,29).
Na semana anterior, de 14 a 20 de janeiro, o litro do etanol também saía por R$ 3,60 (mínimo de R$ 3,27 e máximo de R$ 3,87). A gasolina era vendida por R$ 5,66 (piso de R$ 5,39 e teto de R$ 5,99), queda de 0,18% e desconto de R$ 0,01. O litro do diesel custava, em média, R$ 5,68 (mínimo de R$ 5,59 e máximo de R$ 5,89), acréscimo de R$ 0,14, elevação de 2,46%.
Na semana passada, a paridade entre o etanol e a gasolina estava em 63,7%, abaixo do limite – atingiu 80,5% no final de 2021. Voltou a ser vantajoso abastecer com álcool porque esta relação não supera 70%. A gasolina aditivada sai por R$ 5,71 (mínimo de R$ 5,32 e máximo de R$ 6,09). O litro do óleo diesel S-10 custa R$ 5,85 (piso de R$ 5,47 e teto de R$ 6,49).
Um dos eixos do programa Nova Indústria Brasil (NIB), lançado no dia 22 pelo governo federal, prevê que uma das prioridades será o desenvolvimento do setor de bioeconomia e transição energética. O plano foi lançado durante reunião do Conselho Nacional do Desenvolvimento Industrial (CNDI), no Palácio do Planalto.
A meta do governo é promover a indústria verde reduzindo em 30% a emissão de CO2 por valor adicionado do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria. Assim, quer ampliar em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes, e aumentar o uso tecnológico e sustentável da biodiversidade pela indústria em 1% ao ano.
Em sua apresentação, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), explicou que para os combustíveis a meta é ampliar de 12% para 15% a mistura de biodiesel no diesel em 2025, e elevar a mistura do etanol à gasolina de 27,5% para 30%. A data ainda não foi definida.
Média – Segundo a ANP, o preço do etanol de Ribeirão Preto está R$ 0,20 acima da média nacional, de R$ 3,40 para o derivado da cana-de-açúcar (é 5,88% superior). A gasolina também está mais cara: são R$ 0,09 a mais que os R$ 5,56 do restante do país, variação de 1,62%.
O etanol ribeirão-pretano está acima da média estadual, de R$ 3,22. São R$ 0,38 a mais, 11,80% superior. Além disso, a gasolina também é mais cara em Ribeirão Preto e custa 3,86% a mais, acréscimo de R$ 0,21 em relação aos R$ 5,44 da média paulista, segundo a ANP.
O preço do litro do diesel vendido em Ribeirão Preto custa menos do que a média nacional, de R$ 5,83. Apenas R$ 0,01 a menos e queda de 0,17%. Também está R$ 0,02 abaixo ao cobrado no restante do estado de São Paulo, de R$ 5,84, baixa de 0,34%, segundo os dados da pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
Valores médios:
Ribeirão Preto
Gasolina: R$ 5,65
Gasolina aditivada: R$ 5,71
Etanol: R$ 3,60
Diesel: R$ 5,82
Diesel S10: R$ 5,85
Período: de 21 a 27 de janeiro
Fonte: ANP