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Abrasmercado tem deflação de 4,22%  

Abrasmercado fechou o ano passado com deflação de 4,22% em doze meses, maior deflação anual registrada desde 2017, quando ficou em -7,05% (Alfredo Risk)

A Abrasmercado – indicador que mede a variação de preços nos supermercados –, cesta composta por 35 produtos de largo consumo, dentre eles alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza, fechou o ano passado com deflação de 4,22% em doze meses, maior queda anual registrada desde 2017, quando ficou em -7,05%. 
 
Porém, fechou 2023 com viés de alta. Em dezembro, registrou inflação de 1,35% em relação a novembro, saltando de R$ 712,94 para R$ 722,57, acréscimo de R$ 9,63. Em comparação com os R$ 754,41 do último mês 2022, o desconto chega a R$ 31,84, queda de 4,22%. Em outubro, registrou inflação de 0,10% e interrompeu a série de cinco quedas consecutivas.  
 
Os preços subiram de R$ 705,21 em setembro para R$ 705,93 no mês seguinte   segundo menor desde dezembro de 2012, de R$ 700,53) , aporte de R$ 0,72. Em novembro, subiu 0,99% em relação ao período anterior, de R$ 705,93 para R$ 712,94, acréscimo de R$ 7,01. O aumento em dezembro foi o quarto do ano.  
 
A primeira ocorreu na passagem de março para abril, de 0,53%, saltando de R$ 747,35 para R$ 751,29. Custava R$ 717,55 em agosto, R$ 730,06 em julho, R$ 741,23 em junho, R$ 750,22 em maio, R$ 752,04 em fevereiro e R$ 754,98 em janeiro 
 
Houve deflação de 1,72% em setembro, ante -1,71% em agosto. Já havia recuado 1,51% em julho, -1,20% em junho e -0,14% em maio, após alta de 0,53% em abril. A pesquisa é elaborada e divulgada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).  
 
Fatores – Dentre os itens para consumo no lar três cestas se destacaram no recuo dos preços: proteína animal, alimentos básicos e lácteos. O excesso de oferta de carne bovina no mercado interno ao longo do ano contribuiu não só para a composição de uma cesta de abastecimento com produtos de maior valor agregado, mas também para a queda expressiva nos preços.  
 
Em doze meses, foram registradas quedas nos preços dos cortes do dianteiro (-11,60%) e do traseiro (-9,44%). Outras variações negativas na cesta foram o frango congelado (-7,44%) e o pernil (-2,34%). Na cesta de alimentos básicos as principais quedas vieram do óleo de soja (-28%), do feijão (-13,78%), da farinha de trigo (-9,14%), do leite longa vida (-7,82%).  
 
Na contramão das quedas estão as altas acumuladas no arroz (+24,54%) e o açúcar (+11,20%). Os preços dos produtos lácteos recuaram mês a mês e no fechamento do período as principais quedas acumuladas foram registradas em leite longa vida (-7,82%), margarina (-6,38%), leite em pó (-5,11%). 
 
Ao longo do ano, os hortifrutigranjeiros foram influenciados por fatores climáticos e pela reoneração do óleo diesel. A principal alta veio da batata (+4,19%). Outros itens encerraram o período em queda acumulada: cebola (-25,33%), tomate (-2,90%).  
 
Na categoria de higiene e beleza todos os produtos registraram alta no acumulado dos doze meses: creme dental (+6,06%), papel higiênico (+4,23%), xampu (+2,67%), sabonete (+1,92%). Na cesta de limpeza as maiores variações foram puxadas por desinfetante (+6,41%), água sanitária (+0,61%), sabão em pó (+0,51%).  
 
A única deflação da categoria foi registrada nos preços do detergente líquido para louças (-0,60%). Em dezembro, a cesta passou de R$ 712,94 para R$ 722,57 uma alta de +1,35%, segundo a pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados. 
 
Básicos Na cesta de alimentos básicos (que monitora doze produtos),  também foi registrada inflação de 1,45% em dezembro, passando de R$ 297,92 em novembro para R$ 302,24, aporte de R$ 4,32. Em outubro custava R$ 296,09, alta de 0,62% e acréscimo de R$ 1,83 no mês seguinte. 
 
Na comparação anual, em relação aos R$ 317,56 de dezembro de 2022, a deflação em doze meses chega a 4,82%, abatimento de R$ 15,32. Subiu  
1,01% em outubro, ante 1,93% em setembro, após queda de -1,53% em agosto, -2,07% em julho, -1,77% em junho e de -0,14% em maio, após alta de 0,80% em abril e deflação de 0,10% em março frente a fevereiro.  
 
Na média nacional, caiu de R$ 299,10 em setembro para R$ 296,09 em outubro, abatimento de R$ 3,01. Custava R$ 305,00 em agosto, R$ 309,75 em julho, R$ 316,29 em junho, R$ 322,00 em maio, R$ 322,46 4m abril, R$ 319,91 em março, R$ 320,22 em fevereiro e R$ 318,35 em janeiro.  
 
Os principais recuos nos preços foram registrados em óleo de soja (-28%), feijão (-13,78%), carne bovina – cortes do dianteiro (-11,60%), farinha de trigo (-9,14%), café torrado e moído (-9,07%), leite longa vida (-7,82%), margarina cremosa (-6,38%), massa sêmola de espaguete (-2,34%). Dentre as altas estão arroz (+24,54%), açúcar (+11,20%), farinha de mandioca (+5,02%). 
 
Sudeste Na Região Sudeste, houve deflação de 3,63% nem doze meses, de R$ 760,26 no final de 2022 para R$ 732,67 no último mês do ano passado, desconto de R$ 27,59. Na passagem de novembro, quando custava R$ 720,70,  para dezembro, o aumento foi de 1,66%. São R$ 11,97 a mais.  
 

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