Por: Adalberto Luque
O principal suspeito da morte do engenheiro Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho, de 34 anos, foi preso nesta segunda-feira (15). Gabriel Souza Brito, de 28 anos, é investigado pela Polícia Civil como o autor do latrocínio de Beto Braga, no dia 28 de dezembro do ano passado, em Ribeirão Preto.
Segundo o delegado Targino Donizete Osório, da Delegacia de Homicídios da Divisão Especial de Investigações Criminais (DEIC), ele foi preso na cidade de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense (RJ) e será interrogado assim que for trazido para Ribeirão Preto. “Vamos buscá-lo na quinta-feira” revelou o delegado.
O suspeito se apresentaria nas redes sociais como acompanhante, exibindo fotos de viagens feitas com pessoas para as quais prestaria serviços. O delegado explicou que chegou até Gabriel após investigações. Agentes da Delegacia de Homicídios teriam levantado possíveis endereços e, em conjunto com policiais do Rio de Janeiro, foi possível localizá-lo na casa de uma namorada dele em Nova Iguaçu. Ele foi identificado após depoimento do dono do imóvel locado por Gabriel e Beto.
O delegado disse ainda que o suspeito será interrogado na sexta-feira, tão logo chegue a Ribeirão Preto. Ele teria dito que esteve na casa com o engenheiro, mas que teria saído e deixado a vítima em companhia de outras pessoas que não soube informar quem seriam. Mas o delegado descarta essa hipótese.
O telefone celular de Beto Braga, desaparecido após o crime, não foi encontrado com o suspeito. Não há informações se ele já tem advogado. O delegado pediu sua prisão temporária por 30 dias.
O caso
Beto Braga era executivo em uma empresa e morava em San Diego, Califórnia, EUA. Ele teria vindo ao Brasil no dia 19 de dezembro para passar as festas de final de ano com a família, que mora em Ribeirão Preto.
No dia 28 de dezembro, o rapaz disse à mãe que iria sair para encontrar alguns amigos. Desde então não foi mais visto com vida pela família. Seu corpo foi encontrado no dia 30 de dezembro, em um sobrado com vários quartos disponíveis para locações de curta temporada, localizado próximo à Avenida do Café, Vila Amélia, zona Oeste de Ribeirão Preto.
Beto apresentava marcas de estrangulamento por um pano, possivelmente uma camiseta. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) ainda não foi divulgado. Antes do corpo ser localizado, um homem dizendo ter encontrado o celular de Beto ligou para sua irmã, informando que tinha encontrado o telefone e queria devolver. A irmã, que também mora nos EUA, passou o telefone da mãe em Ribeirão Preto.
O homem ligou para a mãe de Beto, pediu a senha do aparelho e marcou um encontro para devolver, mas não compareceu. O dono do local onde o corpo foi encontrado prestou depoimento na segunda-feira (08). Ele disse que o responsável pela localização através do site teria feito cerca de 15 locações anteriormente, sem nunca haver apresentado problemas até então. A Polícia suspeita que o encontro tenha sido combinado por um site de relacionamentos. Depois da morte de Beto, transferências por PIX foram feitas de sua conta. As investigações prosseguem e o depoimento do principal suspeito é aguardado até sexta-feira (19).