Tribuna Ribeirão
DestaqueMundo

Crime organizado desafia Equador  

Anteontem equatorianos viveram um dia de terror, o primeiro sob o decreto de "conflito armado interno", emitido por Noboa na terça-feira (9) (Karen Toro/Reuters )

As principais gangues equatorianas ampliaram seu desafio ao Estado, apesar da guerra declarada pelo presidente, Daniel Noboa. Na quarta-feira, 10 de janeiro, uma nova onda de atentados e assassinatos levou Peru e Colômbia a reforçarem suas fronteiras com o Equador, para evitar a fuga de criminosos. 
 
O governo peruano enviou um reforço de 500 homens, helicópteros e drones para aumentar a vigilância. “Ainda não pensamos em fechar a fronteira, porque isso prejudicaria o comércio e a relação entre os dois países”, disse o ministro da Defesa do Peru, Jorge Chávez. “Mas queremos garantir a segurança dos peruanos. 
 
O general Helder Giraldo, comandante das Forças Armadas da Colômbia, também confirmou o envio de reforço militar para a fronteira. “Estamos realizando operações em conjunto com os equatorianos”, disse. O chefe da polícia colombiana, Nicolás Zapata, despachou 100 homens para quatro pontos específicos: Ipiales, Mataje, Chiles e Carlos Lama. 
 
Anteontem os equatorianos viveram um dia de terror, o primeiro sob o decreto de “conflito armado interno”, emitido por Noboa na terça-feira (9). Lojas fecharam as portas. Escolas não funcionaram e as aulas foram dadas a distância. Pouca gente se aventurou a sair de casa. As ruas ficaram vazias, ocupadas apenas por soldados fortemente armados. 
 
AtentadosMas o aparato de segurança reforçado não intimidou as gangues. Explosões, atentados e ataques deixaram 14 mortos. Em todo o país, 329 criminosos foram presos. No fim do dia, 139 agentes penitenciários permaneciam reféns em cinco prisões. 
 
Duas universidades e vários hospitais foram invadidos. Na terça-feira, criminosos atacaram um canal de TV de Guayaquil, que transmitiu o terror ao vivo. O ataque aumentou o pânico entre a população. Noboa, que já havia decretado estado de exceção, com um toque de recolher entre 23 horas e 5 horas pelos próximos 60 dias, escalou o confronto e declarou 22 gangues como organizações terroristas e mandou o Exército reprimir o crime organizado. 
 
Deportações Noboa prometeu deportar todos os detentos estrangeiros que estão em prisões equatorianas. De acordo com ele, a medida reduzirá a pressão nas penitenciárias e os gastos do Estado. Colombianos, peruanos e venezuelanos representam 90% da população carcerária do Equador. “Estamos em estado de guerra e não podemos ceder aos terroristas”, disse o presidente. 
 
O ministro da Justiça da Colômbia, Néstor Osuna, disse ontem que o governo aceitaria receber os cerca de 1,5 mil colombianos presos no Equador. “Cada um que chegar à fronteira terá sua vida criminal avaliada”, disse. “Se houver pendências, eles serão presos. Se não houver, viverão em liberdade na Colômbia. 
 
Em entrevista a uma rádio local, Noboa comentou sobre a oferta de ajuda de Bogotá. “Eu aceitei e disse que enviaria os 1,5 mil colombianos que estão em prisões do Equador”, disse o presidente “De acordo com a lei equatoriana e os tratados internacionais, podemos deixá-los na fronteira, e muito obrigado. Que fiquem por lá. 
 
Karen Toro/Reuters 
Anteontem os equatorianos viveram um dia de terror, o primeiro sob o decreto de “conflito armado interno”, emitido por Noboa na terça-feira (9) 

Postagens relacionadas

Caminhão com açúcar roubado capota no Anel Viário Sul

Luque

Declare seu amor por RP

William Teodoro

Tiroteio em universidade deixa ao menos oito mortos na Rússia

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com