O Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural (Conppac) de Ribeirão Preto defende o tombamento da caixa d’água da Vila Tibério, localizada na esquina das ruas Vinte e Um de abril e Aurora. A proposta será discutida e votada em reunião extraordinária do colegiado, na próxima segunda-feira, 15 de janeiro.
Segundo o presidente do conselho, Lucas Gabriel Pereira, o tombamento é necessário porque o local é um importante marco edificado para a população da Zona Oeste da cidade. Para embasar o processo, o órgão solicitou um parecer técnico para a arquiteta e urbanista Ana Carolina Gleria Lima.
De acordo com o parecer, o reservatório, com capacidade de 500 mil litros e 27 metros, foi construído em 1962 pelo então prefeito Alfredo Condeixa Filho (1914-1990). A construção foi publicada em matéria do então Diário da Manhã de 30 de setembro de 1962.
O relatório afirma também que não foram localizados no Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto (APHRP) as plantas e desenhos técnicos da edificação. A caixa d’água pode ser avistada de diversos pontos da cidade. O parecer cita o jornalista Antônio Fernando Gonçalves Braga.
Ele é morador da Vila Tibério e editor de importante publicação da região, o Jornal da Vila. Segundo o jornalista, “os moradores do bairro têm uma ligação afetiva e de orgulho com o reservatório, que pela altura e por sua forma de cálice tem um status de monumento, sendo considerado “um símbolo de identidade do bairro”.
O parecer ressalta ainda a importância histórica e arquitetônica da edificação como marco para a população local. Como argumento favorável para o tombamento cita, como exemplo, o reservatório de água da Vila Mariana, na rua Vergueiro nº 2.713, em São Paulo. De semelhança arquitetônica e simbólica, foi tombado em 2011 pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da capital paulista.