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Bosque Fábio Barreto reabilita e libera tamanduá-bandeira

A fêmea adulta de tamanduá deu entrada no Bosque Zoológico no dia 21 de dezembro de 2023 (Divulgação)

O Bosque Zoológico Fábio Barreto conta com uma ampla estrutura e equipe multidisciplinar para o atendimento completo de animais silvestres vitimizados na região de Ribeirão Preto. Nesta quinta-feira, 04 de janeiro, um Tamanduá-bandeira (Mymecophaga tridactyla) foi solto e reintroduzido na natureza, na região da cidade de Jardinópolis depois de passar por processo de recuperação.

A fêmea adulta de tamanduá deu entrada no Bosque Zoológico no dia 21 de dezembro de 2023, levada pelo Corpo de Bombeiros, que a encontrou em rodovia entre os municípios de Sertãozinho e Cruz das Posses. O animal foi atendido imediatamente pelo ambulatório veterinário, onde constatou-se um quadro de hipoglicemia, e com alto grau de stress.

De acordo com a equipe de profissionais do Bosque Zoológico, após passar por tratamento nutricional intensivo, atendendo todos os requisitos nutricionais da espécie e com exames laboratoriais realizados pelo setor de Biologia. Foi constatada uma melhora substancial compatível para a soltura em área de Preservação Permanente do Rio Pardo em Jardinópolis, pelo Departamento de Fauna ex-situ do Estado de São Paulo.

Reintrodução na Natureza

“Quando definimos que o animal deve ir para a reintrodução, temos que evitar ao máximo a humanização, situação difícil principalmente com os mamíferos. Procuramos fazer com que o animal se alimente e se locomova procurando abrigo sozinho. Também estimulamos que o animal possa a interagir com indivíduos de sua espécie”, destaca o biólogo Dr. Otávio Almeida.

O protocolo básico de recepção de animais envolve uma equipe multidisciplinar com a atuação integrada de profissionais da área de zootecnia para o manejo alimentar; biologia com manejo comportamental e interação com outros animais; e setor de veterinária com a parte sanitária.

Os animais silvestres vitimados chegam ao Hospital Veterinário provenientes da ação da fiscalização ambiental, resgates ou entrega voluntária por meio da Guarda Civil Municipal; Corpo de Bombeiros; Polícia Ambiental ou munícipes. Após passar pelo setor de medicina veterinária para a realização de exames, análises laboratoriais e físicas, o animal é encaminhado para o setor de quarentena garantindo a preservação de outros animais.

Dentre os procedimentos adotados pela equipe está a identificação ou marcação através de anilhas ou microchips, avaliação ambulatorial, recuperação nutricional, exames coproparasitológicos, reabilitação, laudos de sanidade, aptidão para soltura e destinação com autorização as Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

“É feita a avaliação biológica para verificar se esse animal apresenta o instinto preservado. Caso não seja identificada a necessidade de se manter no zoológico, existe a soltura imediata, prevista em legislação”, explica Alexandre. “Caso o animal necessite de uma reabilitação, como no caso de ter passado por uma cirurgia, ou ser um filhote órfão, é necessário reabilitar esse animal para que ele aprenda a comer, a se desenvolver. Quando ele adquire uma robustez, retorna para a natureza com autorização de soltura feita pelos órgãos competentes estaduais”, detalha o Chefe de Divisão de Unidades de Conservação Alexandre Henrique Felcar.

 

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