Nova pesquisa de intenção de votos para prefeito de Ribeirão Preto, realizada pelo Tribuna Ribeirão em parceria com o Instituto de Pesquisa Política (INPEP) revelou que se a eleição para prefeito – prevista para outubro do próximo ano -, fosse hoje, o deputado federal Ricardo Silva (PSD) seria o candidato mais votado com 32%. Na primeira pesquisa realizada no mês de setembro, ele também era o preferido com 28%.
O novo levantamento foi realizado nos dias 19 e 20 de dezembro e ouviu por telefone 600 eleitores obedecendo a estratificação de gênero, faixa etária, renda domiciliar e divisão territorial com base nos dados mais recentes do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizado no ano passado. O grau de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro de 4%.
A pergunta feita para os entrevistados foi “se a eleição para prefeito fosse hoje, em quem você votaria”. Eles responderam de forma espontânea – quando não é apresentado nenhum nome -, e de forma estimulada – quando são apresentados vários cenários com nomes de prováveis candidatos a prefeito nas próximas eleições.
Na pesquisa estimulada Ricardo Silva ficou em primeiro lugar em todos cenários. A pesquisa não incluiu os nomes da vereadora Duda Hidalgo (PT) porque ela afirmou ao Tribuna Ribeirão que será candidata à reeleição de vereadora. A ex-reitora da Universidade de São Paulo (USP) Sueli Vilela, que ficou em segundo lugar na eleição para prefeito de 2020, também não foi incluída no levantamento. Recentemente ela afirmou por meio das redes sociais que agradecia o convite, mas não seria candidata a prefeita pela federação formada pelo PT, PCdoB e PV.
Cenário 1
No primeiro cenário estimulado Ricardo Silva teve 32% das intenções de votos, contra 17% do vereador Lincoln Fernandes (PDT) e 5% de Alessandro Maraca (MDB). O advogado Ricardo Sobral (PT) também apareceu com 5% e o vice-prefeito Daniel Gobbi (PP) foi o preferido por 4%. O ex-candidato a prefeito, Mauro Inácio, do Psol teve 2% e o vereador Isaac Antunes (PL) 2%. Disseram que votariam em branco 21% dos entrevistados e 12% não souberam ou não responderam em quem votariam.
Cenário 2
Na segunda simulação, sem a presença de Alessandro Maraca, de Daniel Gobbi e de Ricardo Sobral, o deputado Ricardo Silva teve 28%. Em segundo lugar ficou o vereador Igor Oliveira (MDB) com 20%, seguido Lincoln Fernandes com 11%, Mauro Inácio com 3%, Isaac Antunes com 2%, Antônio Alberto Machado (PT) com 1% e Ricardo Aguiar (PSDB) com 1%. Dos entrevistados 18% disseram que votariam em branco e 16% não souberam ou não responderam.
Pesquisa espontânea
No levantamento, sem a indicação de nomes, 61% dos entrevistados não souberam indicar ou não responderam em quem votariam e, 14% afirmaram que votariam em branco. Entre os que responderam, o deputado federal Ricardo Silva foi lembrado por 7% e o atual prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira foi citado por 6%.
Já o vereador Igor Oliveira (MDB) foi lembrado por 3%, Lincoln Fernandes por 2%, Ricardo Sobral por 2%, Alessandro Maraca por 1%, o deputado federal Baleia Rossi (MDB) por 1% e outros candidatos por 3%. Vale lembrar que Nogueira está em seu segundo mandato sucessivo para prefeito e a legislação eleitoral proíbe que ele tente mais uma reeleição.
Ricardo tem rejeição mais alta
O levantamento também perguntou em quem os entrevistados não votariam de jeito nenhum. A pesquisa estimulada mostrou que Ricardo Silva foi o mais rejeitado com 20%. Já Alessandro Maraca (MDB) teve 13%, Lincoln Fernandes e Igor Oliveira ficaram com 12% e Daniel Gobbi 8%.
Depois aparecem Isaac Antunes com 6%, Ricardo Sobral, Antônio Alberto Machado e Mauro Inácio com 5% cada um e Ricardo Aguiar com 3%. Dos entrevistados 12% disseram que não votariam em nenhum deles e 25% não souberam ou não responderam. O total percentual de rejeição ultrapassou os 100% porque uma pessoa podia indicar mais de um candidato.
Para o sócio-diretor do INPEP, cientista político e especialista em marketing político, Gabriel Pinelli, a indefinição de 60% do eleitorado mostra que a disputa política para prefeito, nas próximas eleições, ainda está aberta. E que a maioria ainda não sabe em quem vai votar em 2024.
“A maioria do eleitorado ainda não tem cristalizado em quem deve votar. É um índice normal para o período em que estamos, onde o debate político ainda não chegou na discussão cotidiana da cidade’, afirma.

Sobre o INPEP – O Instituto de Pesquisas Eleitorais e Políticas (INPEP) é da cidade de São José dos Campos e tem quatro anos de atuação no mercado. Pertence a Fernando Antunes, cientista político e especialista em marketing político e Gabriel Pinelli, doutor em Psicologia Social.
O INPEP atuava somente com pesquisas eleitorais e políticas internas e contratadas por instituições, partidos e candidatos. Ou seja, os levantamentos não eram divulgados em veículos de comunicação, pois o foco era apenas consumo de quem contratava a pesquisa. Desde sua criação, o Instituto já realizou pesquisas em mais de 30 municípios.
Recentemente o Instituto resolveu ampliar este trabalho e divulgar pesquisas para percepção da população sobre o cenário político-eleitoral em parceria com meios de comunicação.
Cenário 1
Ricardo Silva (PSD) – 32%
Lincoln Fernandes (PDT) -17%
Alessandro Maraca (MDB) – 5%
Ricardo Sobral (PT) – 5%
Daniel Gobbi (PP) – 4%
Mauro Inácio (Psol) – 2%
Isaac Antunes (PL) – 2%
Brancos – 21%
Não souberam ou não responderam – 12%
Cenário 2
Ricardo Silva (PSD) – 28%
Igor Oliveira (MDB) – 20%
Lincoln Fernandes (PDT) – 11%
Mauro Inácio (Psol) – 3%
Isaac Antunes (PL) 2%
Antonio Alberto Machado (PT) – 1%
Ricardo Aguiar (PSDB) – 1%
Brancos – 18%
Não souberam ou não responderam – 16%
Em quem não votaria de jeito nenhum
Ricardo Silva (PSD) – 20%
Alessandro Maraca (MDB) – 13%
Lincoln Fernandes (PDT) – 12%
Igor Oliveira (MDB) – 12%
Daniel Gobbi (PP) – 8%
Isaac Antunes (PL) – 6%
Ricardo Sobral (PT) – 5%
Antônio Alberto Machado (PT) – 5%
Mauro Inácio (PSOL) – 5%
Ricardo Aguiar (PSDB) – 3%
Brancos – 12%
Não souberem ou não responderam – 25%
P.S.: O total percentual de rejeição ultrapassou os 100% porque uma pessoa podia escolher mais de um candidato.