Conhecida como a “Diva da Canção”, a cantora Alaíde Costa e o cantor e compositor Eduardo Santhana estarão no Teatro Municipal de Ribeirão Preto, nesta quarta-feira, 13 de dezembro, às 20 horas, com o show “Canções de Amores Paulistas”, com entrada gratuita.
O show tem patrocínio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo (governo de São Paulo), via Proac Editais, e conta com apoio da Secretaria Municipal da Cultura de Ribeirão Preto. O espetáculo “Canções de Amores Paulistas: Alaíde Costa canta Eduardo Santhana” é fruto de amizade e parceria que já duram quatro décadas.
Ela, aos 87 anos (sendo 70 anos de carreira), é considerada uma das mais belas vozes da MPB e uma das grandes referências da Bossa Nova. Participou de festivais internacionais e recebeu importantes prêmios e homenagens de expoentes da Música Popular Brasileira.
Ele é cantor e compositor paulistano, integrante do Grupo Trovadores Urbanos, que traz ao show um repertório que valoriza os relacionamentos amorosos das cidades paulistas e da capital, em todos os sentidos reais, fictícios, de perdas, de conquistas, enfim, amores de todas as formas.
Para cantar o amor em sua forma mais pura e verdadeira, Alaíde Costa (voz) e Eduardo Santhana (voz e violão), vêm à Ribeirão Preto acompanhados de músicos de primeira grandeza: Michel Freidenson (piano/direção musical), Sylvio Mazzucca Jr. (contrabaixo) e Duda Neves (bateria).
Sucesso absoluto de público e de crítica, o espetáculo “Canções de Amores Paulistas: Alaíde Costa canta Eduardo Santhana”, ainda possui um CD com o mesmo título, lançado em 2022. Os ingressos devem ser retirados gratuitamente na bilheteria uma hora antes do espetáculo.
O Teatro Municipal fica na praça Alto do São Bento s/nº, Jardim Mosteiro. O local tem capacidade para receber 515 pessoas – o estacionamento tem 40 vagas. Mais informações pelo telefone (16) 3625-6841. Espetáculo é livre. O uso de máscara é opcional.
Alaíde Costa – Era início da década de 1950, em Água Santa, subúrbio do Rio de Janeiro, quando uma adolescente colava os ouvidos no aparelho de rádio, atenta, esperando a voz de Silvio Caldas entoar “Noturno em Tempo de Samba”. Ao ouvir os primeiros versos, parava para anotar a letra e memorizar a melodia. Quando aprendeu a canção, decidiu: iria ao programa de calouros de Ary Barroso, na Rádio Tupi, para apresentá-la.
Não era a primeira vez de Alaíde Costa em um palco. Aos 11 anos, seu irmão mais velho (Adilson, que se tornou jogador de futebol) a havia convencido a se apresentar em uma sessão para cantores amadores no circo montado no bairro, dizendo à garota tímida que, caso não fosse, a polícia iria buscá-la.
Dali em diante, a menina que gostava de cantarolar – mas achava que seria professora – passou a ser inscrita pelos vizinhos em toda oportunidade que aparecia, já que ganhava os prêmios. Aos 16, apaixonada pela canção “Cheia de climas”, interpretada por Caldas, resolveu ir se apresentar por conta própria. A escolha da música, a audição cuidadosa em casa e a interpretação lhe renderam nota máxima. “Aí tomei gostinho”, conta.
Hoje, aos 87 anos, uma das maiores vozes da música brasileira é também uma artista que sempre se guiou pelo que quis fazer e pelo que acreditava fazer melhor, o que não foi fácil. “Ah, mas você é negra, tem que cantar uma coisa mais animadinha, sabe? Um sambinha”, ouvia. “Me recusei a entrar nessa porque não daria certo”, afirma, categórica.
Seu primeiro álbum foi lançado dois anos antes de “Chega de Saudade” (1958), música que marca o início da bossa nova, mas só recentemente ela passou a ser reconhecida entre os grandes nomes do gênero – assim como Johnny Alf, precursor do estilo e, não por acaso, também negro. Durante a carreira, teve grandes parceiros musicais como o próprio Johnny Alf, Vinicius de Moraes, Tom Jobim, João Gilberto, Milton Nascimento, Oscar Castro Neves, entre outros.
Em um show que homenageou João Gilberto, em abril de 2023, falou: “Vou fazer 88 anos, tenho 70 de carreira, e olha que loucura: as pessoas me descobriram agora!”. Alaíde nunca parou de cantar, nunca ficou sem gravar (são mais de 20 discos) ou se apresentar em shows.
Alaíde é uma das poucas artistas vivas que passou por todos os formatos de mídia – desde o 78RPM, LP, K7, CD e agora o streaming. Nos últimos anos, parcerias deram novo vigor a uma carreira cheia de coerência artística. Em 2022, lançou “O que meus calos dizem sobre mim”, produzido por Emicida, Pupillo (Nação Zumbi) e Marcus Preto, álbum que terá segundo volume em 2024 – eleito o melhor lançamento fonográfico de MPB no 30º Prêmio da Música Brasileira, com a cantora aplaudida de pé por todo o Th
eatro Municipal do Rio de Janeiro.
Em maio desse ano, Alaíde se apresentou em Portugal com a Orquestra de Jazz do Algarve sendo um grande sucesso de crítica e público além-mar. Além disso, se apresentou no Carnegie Hall, em Nova Iorque, no último mês de outubro, no show “The Greatest Night Bossa Nova”, em comemoração aos 60 anos da Bossa Nova, no qual foi aplaudida de pé por mais de cinco minutos.
Atualmente Alaíde está em estúdio gravando o segundo disco da trilogia produzida por Emicida, Pupillo (Nação Zumbi) e Marcus Preto, e já lançou dois singles do novo trabalho: “Moço” (Marisa Monte e Carlinhos Brown) e “Ata-me” (Junio Barreto).
Está em turnê por todo o Brasil com três shows: “O que meus calos dizem sobre mim”, com o repertório do último disco, “50 anos depois daquele disco com o Oscar”, com o repertório do disco gravado ao lado de Oscar Castro Neves em 1973 pela gravadora Odeon e “Pérolas Negras”, no qual se apresenta ao lado das amigas Eliana Pittman e Zezé .
Canta um repertório apenas de compositores negros passando por Milton Nascimento, Candeia, Jorge Ben, Jhonny Alf, Cartola, Martinho da Vila, Gilberto Gil, Tim Maia, Luiz Melodia, Djavan, Leci Brandão, Paulinho da Viola, Ataulfo Alves e outros.
Serviço
Show: “Canções de Amores Paulistas”
Com: Alaíde Costa e Eduardo Santhana
Quando: quarta-feira, 13 de dezembro
Horário: às 20 horas
Local: Teatro Municipal
Onde: praça Alto do São Bento s/nº, Jardim Mosteiro
Capacidade: 515 lugares
Estacionamento: 40 vagas
Ingressos: gratuitos
Retirada: uma hora antes na bilheteria
Censura: livre