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Condenado por morte de PM é encontrado enforcado

Corpo de homem estava pendurado na parede de chuveiro em sua cela, no presídio de Avaré, onde cumpria pena pela morte do Cabo Brama

O homem condenado pela morte do policial militar Roberto Pereira Abramovicius, o Cabo Brama, foi encontrado morto, na manhã desta terça-feira (28), no presídio de Avaré, onde cumpria pena de 26 anos e nove meses de prisão. Alef Vieira dos Santos foi apontado como autor do assassinato do PM, ocorrido em um posto de combustíveis localizado na esquina das Ruas Coronel Américo Batista e Itajubá, no Jardim José Sampaio, zona Norte de Ribeirão Preto.

O crime ocorreu em 21 de junho de 2017. Cabo Brama, então com 38 anos, trabalhava como segurança quando, por volta de 10h00, foi morto a tiros por um homem que fugiu em uma motocicleta. Cerca de três meses depois, Alef, também conhecido por “China”, foi localizado e detido na cidade de Pontal. Desde então ele seguia preso.

Em 13 de fevereiro de 2019, foi condenado por um júri popular pela morte do PM. Ele foi sentenciado a pouco mais de 26 anos de reclusão. Na manhã desta terça-feira (28). Agentes penitenciários teriam encontrado o corpo de “China” pendurado na cela. Ao ser retirado, já estava sem vida.

Cabo Brama foi assassinado a tiros em posto de combustíveis da zona Norte (Foto: PM/Divulgação)

Na época, a investigação concluiu que o homem teria matado o PM por vingança, acreditando que Brama seria autor seu irmão num confronto com policiais militares. A suspeita de Alef não foi confirmada. Por outro lado, o irmão de “China” teria cumprido medida socioeducativa por participar da morte de outro PM, o Cabo Edson Luiz Marques, em 2016. Tanto Marques, quanto Ibramovicius, eram considerados bons policiais militares e queridos pelos companheiros.

Violência

Após a morte do policial Abramovicius, vários ataques foram registrados nos bairros Ipiranga, Jardim Jandaia, Adelino Simioni e Jardim do Trevo, zonas Norte e Leste da cidade. Os ataques ocorreram num intervalo de quatro dias e quatro pessoas morreram baleadas, enquanto outras nove ficaram feridas. Testemunhas ouvidas relataram que os disparos foram efetuados por ocupantes de um carro prata.

A Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo entrou no caso. Na época, o ouvidor Júlio Cesar Fernandes Neves disse que havia “fortes indícios” de relação entre os crimes. A família de “China” chegou a denunciar a PM. O comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPMI) à época, tenente coronel Marcelo Jerônimo de Melo, negou relação entre os crimes, mas apontou para a hipótese de vingança na morte do policial militar. Não foi comprovada a participação de PMs nos ataques.

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