O piloto de asa delta Aluísio Paes de Barros Filho, conhecido como “Fuscão”, caiu com um aparelho de parapente no mar em Bertioga, litoral central de São Paulo, na quinta-feira, 2 de novembro, feriado do Dia de Finados. Segundo testemunhas, o ex-morador de Ribeirão Preto, de 52 anos, teria caído de bico e desapareceu.
Ele e a esposa residem há cinco anos em Bertioga. Um helicóptero auxilia nas buscas, além de uma lancha e mergulhadores. O Corpo de Bombeiros ainda procurava por “Fuscão” nesta sexta-feira (3).
Em 2017, ele saltou de paraquedas do 27º andar na sacada do próprio apartamento, em Ribeirão Preto.
Fazia saltos da varanda de seu prédio, que fica em uma das mais movimentadas avenidas da cidade. As imagens foram compartilhadas nas redes sociais e causaram grande repercussão. Na época, “Fuscão” garantiu que a altura do local, de aproximadamente 80 metros, era segura para o salto.
O prédio do salto fica na avenida Caramuru, na Zona Sul. Além de saltos convencionais, chamados “skydivers”, feitos em aeronaves, ele contou em 2017 que começou a saltar de prédios em 2009, modalidade conhecida como “base jump”. Ainda ressaltava que seu apartamento, no 27º andar, era perfeito para a prática esportiva. “Muita gente critica porque não entende a técnica envolvida. Mas sou um paraquedista com mais de mil saltos, pra mim é bem tranquilo”, dizia.
O primeiro salto, em janeiro de 2017, foi o que gerou mais repercussão nas redes sociais.
Desde então, ele repetia a ação ocasionalmente. “Há uma área verde próxima ao prédio e, mesmo com a fiação, é um salto possível para quem tem experiência”, dizia. Apesar de cada vez mais praticado no país, não há nenhuma legislação que regulamente os saltos de “base jump” no Brasil.
A recomendação, entretanto, é que quem pratica o esporte seja experiente e tenha pelo menos 200 saltos com paraquedas convencionais. Não há regras para este esporte, não existe fiscal na beira de penhascos, pontes, prédios ou de uma antena.
