O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 – prévia da inflação oficial no país – desacelerou para 0,21% em outubro, ante 0,35% em setembro, contra elevação de 0,28% em agosto, deflação de 0,07% em julho e aumento de 0,04% em junho, depois de cair 0,51% em maio e subir 0,57% de abril.
Fechou março em 0,69%, após avanço de 0,76% em fevereiro e aumento de 0,55% em janeiro. Em outubro de 2022, o IPCA-15 tinha registrado alta de 0,16%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o avanço chega a 3,96%, ante 3,74% do mês anterior.
A taxa do IPCA-15 acumulada em doze meses acelerou de 5,00% em setembro de 2023 para 5,05% em outubro, resultado mais elevado desde março deste ano, quando estava em 5,36%. Dois dos nove grupos de produtos e serviços que integram o índice registraram quedas de preços.
Os recuos ocorreram em Alimentação e bebidas (-0,31%, impacto de –0,07 ponto percentual) e Comunicação (-0,29%, impacto de -0,01 p.p.). Os grupos com maiores aumentos foram Transportes (0,78% e impacto de 0,16 p.p.), e Habitação (0,26%, impacto de 0,04 p.p.).
Depois aparecem Educação (0,07%, sem impacto), Artigos de Residência (0,05%, impacto zero) Despesas pessoais (0,31%, impacto de 0,03 p.p.), Saúde e cuidados pessoais (0,28%, impacto de 0,04 p.p.) e Vestuário (0,33%, impacto de 0,02 p.p.).
A alta de 23,75% nas passagens aéreas fez o item exercer a maior pressão sobre a prévia da inflação oficial em outubro. O item deu uma contribuição de 0,16 ponto percentual para a taxa de 0,21%. Também figuraram no ranking de maiores pressões sobre o IPCA-15 emplacamento e licença (0,05 p.p.), plano de saúde (0,03 p.p.), arroz (0,02 p.p.) e gás de botijão (0,02 p.p ).
Na direção oposta, o leite longa vida foi o item de maior influência negativa sobre a inflação de outubro, com queda de 6,44% e contribuição de -0,05 ponto porcentual. Outros itens no ranking de maiores alívios sobre o IPCA-15 do mês foram gasolina (-0,03 p.p.), seguro voluntário de veículo (-0,02 p.p.), automóvel usado (-0,02 p.p.) e ovo de galinha (-0,01 p.p.).
IPCA cheio – A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – indexador oficial – fechou setembro com alta de 0,26%, ante avanço de 0,23% em agosto. A taxa acumulada pela inflação no ano até o mês passado está em 3,50%, ante 3,23% até o mês anterior. O resultado acumulado em doze meses é de 5,19% até setembro – acima da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, que é 3,25%, entre de 1,75% a 4,75% –, ante 4,61% até agosto.
Alimentação – Os preços de Alimentação e bebidas caíram 0,31% em outubro, após queda de 0,77% em setembro. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,07 ponto percentual para o IPCA-15. Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,52% em outubro, após ter recuado 1,25% no mês anterior.
Entre os alimentos que fizeram o custo da alimentação no domicilio ficar menor destacam-se o leite longa vida (-6,44%), feijão-carioca (-5,31%), ovo de galinha (-5,04%) e carnes (-0,44%). O custo da alimentação no domicílio caiu 2,40% de janeiro a outubro de 2023. A refeição fora de casa subiu 0,21%, ante alta de 0,46% em setembro.
Transportes – Os preços de Transportes subiram 0,78% em outubro, o maior percentual do IPCA-15, com impacto de 0,16 ponto percentual. Porém, ficou bem abaixo dos 2,02% da prévia de setembro. Além, disso, o comportamento dos preços dos combustíveis ajudou a inflação não ser maior, com queda de 0,44%.
Houve avanço de 4,85% no mês anterior. A retração nos preços dos combustíveis foi
span>motivada pelas baixas da gasolina (caiu 0,56%, após alta de 5,18% em setembro), etanol (recuou 0,27%, após queda de 1,41%) e gás veicular (-0,27%). Apenas o diesel teve alta, 1,55%.
Habitação – Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 0,30% em setembro para aumento de 0,26% em outubro, impacto de 0,04 ponto percentual para o IPCA-15. Os destaques no grupo foram as altas no gás de botijão (1,24%) e no aluguel residencial (0,29%). Já a energia elétrica residencial registrou queda de 0,07% em outubro.
Saúde – Os gastos das famílias brasileiras com Saúde e cuidados pessoais passaram de uma elevação de 0,17% em setembro para uma alta de 0,28% em outubro, contribuição positiva de 0,04 ponto percentual. O movimento no grupo foi impulsionado pela alta de 0,77% no subitem plano de saúde. Os itens de higiene pessoal aumentaram 0,05%, influenciados pelas altas do perfume (1,24%) e dos produtos para cabelo (0,45%).