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Cesta básica está 3,68% mais cara

A cesta básica na cidade custa R$ 612,02 em outubro, acréscimo de R$ 21,70 e aumento de 3,68% em relação aos R$ 590,32 de setembro menor valor registrado desde maio, quando o Índice Mensal passou a ser divulgado pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp). A alta d pacote com os mesmos produtos é a primeira após três meses seguidos de deflação. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (26) 
 
De maio até outubro, a cesta básica em Ribeirão Preto acumula deflação de 5,05% em seis meses, ante recuso de 8,41% até setembro, quando caiu 3,38% em relação aos R$ 610,98 de agosto, desconto de R$ 20,66. Custava R$ 645,33 em julho, R$ 679,67 em junho maior valor da série e R$ 672,82 em maio.  
 
O levantamento é feito pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB-Acirp) do Departamento de Relações Jurídicas e Institucionais, braço econômico da entidade, e não tem caráter fiscalizador. Os pesquisadores responsáveis pela pesquisa afirmam que fatores relacionados aos combustíveis provocaram a alta dos alimentos. Ainda assim, o cenário é considerado de melhora. 
 
A deflação e desinflação do período mantêm valores melhores que os registrados no ano passado. “Apesar desse crescimento nos preços neste mês, as previsões para a inflação sobre os alimentos em 2023 continuam sendo inferiores aos níveis de 2022, sendo que a inflação acumulada nos últimos seis meses é de -5,05%”, afirma Livia Piola, analista do Instituto e Economia Maurilio Biagi da Acirp.  
 
A maior alta foi constatada no preço da batata inglesa, que subiu, em média, 45,6% no município, chegando a uma inflação de 70,36% na região Central. O valor do produto saltou de R$ 3,33 em setembro para R$ 4,85, aporte de R$ 1,52 e alta de 45,60%. O preço do tubérculo foi afetado pela queda na oferta do produto devido às condições climáticas
que atrasaram a produção.
 
 
O quilo da alcatra passou de R$ 35,71 para R$ 38,90, acréscimo de R$ 3,19, aumento de 8,93%. O tomate saltou de R$ 8,66 para R$ 9,20, aporte de R$ 0,54 e correção de 6,14%. Entre as quedas, a banana nanica caiu de R$ 0,70 a unidade para R$ 0,62, abatimento de R$ 0,08 e retração de 11,44%. O leite longa vida recuou de R$ 4,24 para R$ 4,19, desconto de R$ 0,05 e baixa de 1,20%.  
 
O pão francês também está 1,24% mais em conta: caiu de R$ 15,95 para R$ 15,76, abatimento de R$ 0,19. A coleta de dados ocorreu no dia 19 de outubro, em onze supermercados e hipermercados e quatro panificadoras distribuídas entre as cinco regiões da cidade. Foram coletados os preços dos produtos que compõem a cesta de consumo segundo as provisões mínimas estipuladas pelo decreto-lei nº 399/38.  
 
Em relação ao poder de compra, considerando uma remuneração de R$ 1.320, deduzido do 7,52% de descontos da Previdência Social, tem-se que o salário mínimo líquido é na ordem de R$ 1.220,74, de tal modo que um trabalhador de média idade comprometeria cerca de 50,14% de sua renda apenas com gastos alimentares.. 
 
O aumento é de aproximadamente 2 pontos percentuais relativamente ao mês anterior. Ainda, assumindo uma carga horária de trabalho mensal de 220 horas, esse indivíduo precisaria trabalhar cerca de 110,3 horas para adquirir o pacote de produtos, 3,9 horas a mais do que em setembro 
 
Entre os preços coletados, os produtos que apresentaram maior desvio padrão, isto é, aqueles que tiveram maior variação de valor entre um estabelecimento e outro, são a carne alcatra (R$ 7,24) e o café em pó (R$ 4,56). Em percentagem, são a alcatra (38,13%), o pão francês (15,45%) e o tomate (13,52%). 
 
Assim como nos meses anteriores, a variância da carne e do café é devido ao fato de tais produtos serem commodities comercializadas em mercado futuro. Dos 13 itens avaliados pelos pesquisadores do IEMB, apenas quatro registraram aumento entre setembro e outubro: batata inglesa (45,60%), alcatra (8,93%), tomate (6,14%) e farinha de trigo sem fermento (4,96%)  
 
O grupo alimentar que mais pesa sobre as despesas do ribeirão-pretano, com 38,13% do valor total da cesta, é o da carne. Frutas e legumes absorvem 27,454% do orçamento, seguidos dos farináceos (20,85%), laticínios (6,46%), leguminosas (3.90%), cereais (2,46%) e óleos (0,75%). 
 
Cesta é mais cara no Centro de RP 
A região Central apresentou o kit mensal mais caro de Ribeirão Preto em outubro, de R$ 652,49, alta de 10,22% em relação aos R$ 591,96 de setembro, acréscimo de R$ 60,53. A Zona Norte tem a cesta básica mais barata: R$ 531,58. Porém, está 0,26% cima dos R$ 530,18 do mês anterior, aporte de R$ 1,40. 
 
Na Zona Sul, passou de R$ 622,32 em setembro para R$ 624,81 neste mês, acréscimo de R$ 2,49 e alta de 0,40%, segundo o Instituto de Economia Maurílio Biagi da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp). Na Zona Oeste, subiu de R$ 579,85 para R$ 594,31, aporte de R$ 14,46 e aumento de 2,49%.Na região Leste, disparou de R$ 614,91 para R$ 635,55. São R$ 20,64 a mais e reajuste de 3,36%. 
 
Dados do estudo A cesta utilizada baseia-se no decreto lei nº 399, que regulamenta o salário mínimo brasileiro e apresenta o tipo e a quantidade de alimentos de acordo com a região administrativa brasileira. O custo médio total de uma cesta de consumo alimentar capaz de atender as necessidades energéticas e nutricionais de um indivíduo em idade representa para o índice da Acirp o marco da linha de indigência na cidade.  
 
A lista inclui alcatra bovina (6 kg), leite longa vida (7,5 litros), feijão carioca (4,5 quilos), arroz branco tipo 1 (3 quilos), farinha de trigo (1,5 quilo), batata inglesa (6 quilos), tomate italiano (9 kg), pão francês (6 kg), café em pó (0,6 kg), banana nanica (90 unidades), óleo de soja (0,8 litro), açúcar cristal (3 kg) e margarina (0,75 kg).  
 
Variação de preços

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