Por: Adalberto Luque
O segundo dia do júri de Guilherme Longo e Natália Ponte, padrasto e mãe de Joaquim Ponte Marques, morto aos três anos em 2013, durou menos de três horas, nesta terça-feira (17). Das quatro testemunhas que compareceram, apenas três prestaram depoimento.
Karina Raymo Longo, irmã de Guilherme, optou por exercer o direito de não prestar depoimento, pelo fato de ser familiar do acusado, e foi dispensada pelo juiz José Roberto Bernardi Liberal.
Prestaram depoimento a médica pediatra Roseli Scarpa, o pai do réu, Dimas Longo e o irmão da ré, Alessandro Mingoni Ponte. O depoimento de Alessandro se deu através de videoconferência. Dimas e Roseli foram presencialmente ao Plenário do Júri no Fórum de Ribeirão Preto, onde ocorre o julgamento.
Segundo informações, Dimas Longo chorou e abraçou o filho Guilherme, durante o depoimento. Já a médica teria confirmado o que disse durante a apuração do caso. Os três ouvidos nesta terça-feira (17) eram testemunhas em comum da defesa e da acusação. Os outros seis ouvidos no primeiro dia eram todas testemunhas de acusação.
Primeiro dia
No primeiro dia de julgamento, foram ouvidos dois policiais civis, dois policiais militares, um médico endocrinologista que cuidava da diabetes da vítima e o pai de Joaquim, Arthur Paes Marques. Eles foram ouvidos após a definição do júri, composto por quatro mulheres e três homens.
O depoimento de Arthur, segundo o advogado de acusação Alexandre Durante, teria emocionado os jurados. Durante disse que Arthur chorou ao lembrar do relacionamento com o filho que teria sido assassinado e foi acompanhado por alguns dos jurados. No segundo dia, ele apenas assistiu a sessão.
Recurso
O advogado de Longo, Antônio Carlos de Oliveira, disse ao chegar para o segundo dia do júri que estuda a possibilidade de ingressar com um novo recurso contra o sigilo do júri, pois considera que pode ter ocorrido uma quebra no princípio da publicidade. Ele defenda que a imprensa possa acompanhar o júri em plenário.
Terceiro dia
A partir desta quarta-feira (18), começam a ser ouvidas as testemunhas arroladas pelas defesas dos réus. A sessão começa às 10h00 e devem oito testemunhas devem prestar depoimento: Leandro de Paula Almeida; Jader da Fonseca Maciel Pinto; Gustavo Calixto Bianchini; Lúcia Maria Marcon Raymo Passarello; além do delegado que conduziu as investigações, Paulo Henrique Martins Castro; da mãe de Guilherme, Augusta Aparecida Raymo Longo e dos pais de Natália, Vicente de Paulo Silveira Ponte e Maria Cristina Mingoni Ponte.
Os depoimentos podem ocorrer de forma presencial ou por videoconferência. Não há informações sobre ordem dos depoimentos e como irão acontecer.
Quem é o juiz do caso
O juiz José Roberto Bernardi Liberal ingressou na Magistratura em 1994. Trabalhou como juiz substituto em Ribeirão Preto e, na sequência, foi juiz titular nas comarcas de Auriflama e Monte Alto. Antes de assumir a 2ª Vara do Júri e Execuções Criminais de Ribeirão Preto, foi titular da Vara do Júri e Execuções Criminais da Comarca de Araraquara por 19 anos e quatro meses. Já presidiu mais de 700 júris.