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Almoço em RP é o mais barato do estado

Almoçar fora de casa está 31,09% mais barato em Ribeirão Preto, revela a pesquisa “Preço Médio da Refeição Fora do Lar 2023”, divulgada nesta quarta-feira, 11 de outubro, pela Associação Brasileira das Empresas de Benefício ao Trabalhador (ABBT) e realizada pela Mosaiclab, empresa de inteligência de mercado do grupo Gouvêa Ecosystem.

Ribeirão Preto tem a refeição mais barata do Estado de São Paulo, a quarta mais em conta de Região Sudeste e a 11ª com menor valor em todo o país. Segundo o levantamento, o ribeirão-pretano paga atualmente R$ 39,18 para comer em restaurantes, lanchonetes e afins, desconto de R$ 17,68 em comparação com os R$ 56,86 do ano passado, quando a cidade carregava a incômoda pecha de praticar o preço do almoço fora de casa mais caro do Brasil.

Trata-se do mais importante e abrangente levantamento sobre preços de refeições fora de casa e o mais tradicional do país, realizado há mais de 20 anos. A pesquisa aconteceu entre junho e agosto de 2023, em 4.516 estabelecimentos comerciais de 51 cidades de 22 estados e do Distrito Federal.

No total, foram coletados 5.470 preços de pratos em todo o Brasil, em estabelecimentos que servem refeições no horário do almoço, de segunda a sexta-feira. O valor cobrado em Ribeirão Preto é 10,88% inferior à média nacional, de R$ 46,60, abatimento de R$ 7,42. Também está 18,65% abaixo dos R$ 51,49 cobrados, em média, nas cidades paulistas, R$ 12,31 mais em conta.

Em relação aos R$ 49,33 da Região Sudeste, o ribeirão-pretano paga R$ 10,15 a menos, desconto de 20,58%. O almoço mais caro do Brasil é praticado em Guarulhos, de R$ 72,46. O valor de Ribeirão Preto é 45,93% inferior, R$ 33,28 a menos. Com base na média de R$ 39,18, mensalmente, considerando apenas 20 dias, o trabalhador ribeirão-pretano gastaria R$ 783,60 para almoçar fora de casa, R$ 353,60 a menos que os R$ 1.137,20 do ano passado.

O preço do comercial/prato feito baixou de R$ 38,61 para R$ 34,90, desconto de R$ 3,71 e queda de 9,61%. O prato executivo recuou de R$ 57,09 para R$ 47,28, abatimento de R$ 9,81 e baixa de 17,18%. O self service (comida por quilo) despencou de R$ 42,87 para R$ 33,27, alívio de R$ 9,60, retração de 22,39%. Porém, o preço da refeição a la carte avançou de R$ 77,68 para R$ 112,44, acréscimo porte de R$ 34,76 e reajuste de 44,74.

No estado de São Paulo, o comercial sai por R$ 36,28, o executivo custa R$ 54,41, o self service tem valor médio de R$ 46,34 e o a la carte fica em R$ 81,16. No Brasil, os valores são de R$ 34,30 para o prato feito, R$ 50,51 para o executivo, R$ 43,24 para o self service e R$ 80,48 para o a la carte.

No país, o preço subiu de R$ 40,64 em 2022 para R$ 46,60, aporte de R$ 5,96% e alta de 14,67%. No estado, passou de R$ 43,01 para R$ 51,49, acréscimo de R$ 8,48 e aumento de 19.72%.ç Na Região Sudeste, saltou de R$ 42,83 para R$ 49,33. São R$ 6,50 a mais e avanço de 15,18%.

No ano passado, quando a ABBT anunciou que Ribeirão Preto praticava o almoço mais caro do Grasil, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Alta Mogiana (Abrasel) contestou os dados e disse que faria pesquisa própria. Agora, a cidade tem um dos preços mais baixos do país.

A refeição fora de casa em Ribeirão Preto só é mais cara que em São José dos Pinhais (PR – R$ 31,12), Belo Horizonte (MG – R$ 32,69), Teresina (PI – R$ 33,22), Goiânia (GO –R$ 33,33), Nilópolis (RJ – R$ 34,23), Duque de Caxias (RJ – R$ 34,88), Belém (PA – R$ 36,94), Porto Alegre (RS – R$ 37,20), Fortaleza (CE – R$ 37,55) e Jaboatão dos Guararapes (PE – R$ 38,38).

Na capital paulista, custa São Paulo R$ 53,12. Além de Guarulhos (R$ 72,46), a pesquisa também contempla Osasco (R$ 60,53), Barueri (R$ 55,71), Santo André (R$ 54,71), Taboão da Serra (R$ 52,06), Jundiaí (R$ 49,13), Santos (R$ 46,40), Diadema (R$ 44,86), São Caetano do Sul (R$ 43,51), São José dos Campos (R$ 43,18), Campinas (R$ 43,18) e São Bernardo do Campo (R$ 40,16).

A pesquisa da ABBT é feita em estabelecimentos que aceitam o benefício-refeição como forma de pagamento e volta a ser realizada após dois anos de interrupção por conta das restrições impostas pela pandemia de covid-19. O cálculo prioriza o que o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) considera como refeição ideal prato, bebida (refrigerante, água ou suco), sobremesa e café.

Para calcular o preço médio a pesquisa considerou uma refeição completa composta por: prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e café. A Região Sudeste é a que apresenta o preço médio mais elevado do país (R$ 49,33), seguida pelo Nordeste (R$ 43,55), Sul (R$ 42,81), Norte (R$ 42,29) e Centro-Oeste (R$ 41,75).

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estaística (IBGE), o salário médio no país era de R$ 2.921 na data em que a pesquisa foi iniciada, em junho de 2023. Significa que para se alimentar com uma refeição completa na hora do almoço, o trabalhador precisa desembolsar R$ 1.025,20 mensalmente ou o equivalente a 35% do salário médio.

Três capitais se destacam com os preços mais altos. Florianópolis (SC – R$ 56,11) Rio de Janeiro (RJ – R$ 53,90) e São Paulo (SP – R$ 53,12). Uma série de fatores contribuíram para o aumento de preços na pesquisa deste ano, pondera Ricardo Contrera, sócio-diretor da Mosaiclab, empresa responsável pela pesquisa. Nos últimos meses houve aumentos dos preços da gasolina e do gás de cozinha que subiram cerca de 5% somente em julho.

Foram aprovados ainda novos aumentos para a energia elétrica neste ano. A pesquisa mostra o percentual de estabelecimentos que oferecem o sistema de delivery, que era de 41% em 2019, passou a 60% em 2022 e em 2023 está em 44%, pouco acima dos níveis pré-pandemia.

“Os estabelecimentos fazem um grande esforço para não elevar o valor da refeição, para manter e atrair consumidores. Mas sofrem diretamente os impactos dos reajustes dos preços públicos, como combustível e energia elétrica”, afirma Contrera.

Foto: Marcelo Camargo/Ag.Br.

BOX
O gasto médio com
refeição fora de casa

Média no Brasil: R$ 46,60
Estado de São Paulo: R$ 51,49
Sudeste: R$ 49,33
Nordeste: R$ 43,55
Sul: R$ 42,81
Norte: R$ 42,29
Centro Oeste: R$ 41,75
O almoço fora
de casa em RP

Preço médio: R$ 39,18
Gasto por mês: R$ 783,60 *
Comercial/prato feito: R$ 34,90
Self service/quilo: R$ 33,27
Executivo: R$ 47,28
A la carte: R$ 112,44
* Vinte dias
Fonte: Associação Brasileira das Empresas de Benefício ao Trabalhador (ABBT)

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