Tribuna Ribeirão
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Viver com qualidade

Dr. Adão F. de Freitas * 
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Nessa terceira década do século XXI parece que estamos vivendo em um mundo de ansiedade, haja vista que esse transtorno tem aumentado de maneira vertiginosa.  
 
E isso está ocorrendo no mundo inteiro de uma maneira geral e no Brasil, mais ainda devido provavelmente às suas peculiaridades de termos uma sociedade desorganizada e com um sistema de saúde pública que deixa a desejar em todos os seus aspectos de uma maneira geral e em outros simplesmente caótico.  
 
Dentro desse contexto o ideal de vida altamente desejável é que viver com qualidade parece ser algo distante para não dizer utópico.  Entretanto, há que se dizer que existem medidas que podem ser tomadas e cultivadas por cada pessoa e que podem certamente contribuir para que possamos viver com qualidade, talvez não seja como desejávamos em toda a sua plenitude, mas que é certamente bem próximo de um ideal de vida e mais ainda, que pode faltar um pouco para se chegar lá, isto é viver com qualidade que desejamos ter.  
 
Entre essas medidas vamos citar o que já tivemos a oportunidade de estampar aqui mesmo nesse espaço em sucessivas matérias e que é bom lembrar, para que fique bem claro, que são atitudes que mesmo que apresentem certas dificuldades de concretização, elas dependem de cada um de nós. 
 
Viver com qualidade significa antes de mais nada lutarmos contra o estresse de todo tipo em suas diversas formas, principalmente aquele causado por transtornos na esfera pessoal, familiar, profissional e principalmente de natureza financeira que afeta os outras componentes.  E administrar essas situações estressantes, não obstante apresente dificuldades, é perfeitamente possível.  
 
Administrar a ganância em todos os seus aspectos é perfeitamente plausível, desde que se enfrente com coragem, determinação, garra e tenacidade.  As outras formas de estresse igualmente exigem um enfrentamento corajoso, mas também com sensibilidade e compreensão principalmente as questões de natureza pessoal e familiar.  Igualmente as situações estressantes decorrentes de relações profissionais e nos locais de trabalho devem ser solucionadas da maneira mais amigável possível.  
 
O estresse como componente fundamental da atividade humana principalmente nesse século XXI se constitui em um obstáculo quando não bem administrado à pessoa viver com qualidade. Vencido esse obstáculo aí sim, a pessoa reúne condições para enfrentar os outros.  
 
Entre esses estão as decorrentes de doenças crônicas como a hipertensão arterial (pressão alta) e suas consequências, a diabetes, a dor crônica na coluna e/ou em outras articulações, a dor de cabeça desde a tensional do dia-a-dia até a enxaqueca e outras doenças igualmente estressantes. Para todos esses casos uma assistência médica integral e ao nível de excelência constitui um fator fundamental.  
 
Há ainda os transtornos na esfera mental e que nos dias
atuais está atingindo um número alarmante de pessoas e em nível geométrico.  Seus sinais e sintomas contribuem de maneira decisiva para a piora da qualidade de vida em alguns casos arrasadora.  Estou me referindo a dois transtornos mentais e que são a ansiedade e a depressão ambos com piora acentuada dos transtornos do sono.
 
 
A ansiedade é um transtorno que vem atingindo a população brasileira de maneira surpreendente e colocando o Brasil em primeiro lugar no mundo entre os portadores dessa doença.  
 
Já a depressão também está assumindo proporções alarmantes entre os brasileiros e um dado também preocupante é que está acometendo pessoas de todas as idades inclusive crianças e adolescentes. A depressão é, em si, uma doença grave e necessita uma abordagem médica especializada.  
 
Ambos esses transtornos contribuem de maneira decisiva para a piora da qualidade de vida das pessoas e devem ser enfrentados com coragem e determinação para que a pessoa possa viver com qualidade, que é o ideal de vida das pessoas. 
 
Além dessas condições que pioram a vida das pessoas, há que se considerar que a vida sedentária, isto é, viver sem a prática de qualquer atividade física se constitui um fator decisiva para também piorar a vida das pessoas.  Por atividade definimos desde uma simples caminhada de meia a uma hora por dia até exercícios físicos feitos em uma academia especialidade.  
 
E, finalmente uma alimentação balanceada em que todos os componentes comparecem na proporção certa é fundamental. 
 
* Médico clínico geral e cardiologista, mestre e doutor em Medicina pela  
FMRP-USP 

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