Terminou nesta quarta-feira a terceira passagem do técnico Vanderlei Luxemburgo no Corinthians. O empate frustrante com o Fortaleza, por 1 a 1, no jogo de ida das semifinais da Copa Sul-Americana, terça-feira, na Neo Química Arena, foi a gotas d’água. Bastante pressionada pela torcida e por conselheiros, a diretoria se rendeu às cobranças e optou pela demissão. Crescem os rumores sobre possível volta de Tite, que recusou o clube no começo do ano mirando a Europa, mas que agora aceita negociar.
“O Sport Club Corinthians Paulista informa que, a partir desta quarta-feira, o técnico Vanderlei Luxemburgo e sua comissão técnica não comandam mais a equipe principal masculina de futebol. O clube agradece a todos pelo trabalho e dedicação e deseja sucesso aos profissionais na sequência de suas carreiras. A comissão técnica permanente do Corinthians comandará o treino de hoje”, publicou o Corinthians.
Luxemburgo deixa o cargo após 38 jogos nessa passagem. Ele foi anunciado no dia 1º de maio e sai menos de cinco meses depois. O treinador somou 14 vitórias, 12 empates e 12 derrotas, levou a equipe à semifinal da Sul-Americana e da Copa do Brasil. No Brasileirão, a situação alvinegra ainda é delicada. Mesmo aparecendo na 10ª posição, o time aparece com 30 pontos, cinco à frente da zona de rebaixamento.
Essa foi a terceira passagem de Luxemburgo no Corinthians. Em 1998, faturou o título do Campeonato Brasileiro que o fez ser alçado ao cargo de treinador da seleção brasileira. Depois do trabalho frustrante na equipe nacional voltou ao clube e levantou mais uma taça: o Paulistão de 2001. Em 2023, o projeto não obteve o mesmo sucesso e foi alvo de muitas críticas.
Luxemburgo chegou ao Corinthians no dia 1º de maio para suceder Cuca, que teve um trabalho relâmpago. Nos próximos dias, o time deve anunciar quem será o seu quarto técnico da temporada. 2023 começou com Fernando Lázaro no comando.
Além da queda de rendimento nas últimas partidas, Luxemburgo perdeu controle do elenco ao se indispor com o fisioterapeuta Bruno Mazziotti por causa da condição física de Renato Augusto. O treinador cobrou o profissional, levou o meia para o duelo com o Goiás e acabou perdendo-o para o clássico com o Palmeiras. Parte do grupo acabou descontente com o tom autoritário e indo contra ao treinador. A relação esfriou e muitos acabaram falando somente o básico com o comandante.
As modificações “estranhas” também pesaram contra o técnico. Diante do Fortaleza, por exemplo, fez somente duas trocas e a diretoria não gostou nada da saída de Wesley para a entrada de Romero, deixando o time menos ofensivo. O técnico já vinha questionado por variar muito e, do nada, “encostar” jogadores. Guilherme Biro, Pedro e Ruan Oliveira sumiram e pouco foram aproveitados nos últimos jogos.