Tribuna Ribeirão
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Os ecopontos e o meio ambiente

Duarte Nogueira * 
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Está marcada para amanhã, sexta-feira, 29 de setembro, a abertura dos envelopes da licitação para a construção do 7º ecoponto de Ribeirão Preto. Com custo estimado em R$ 1,55 milhão, o ecoponto será construído na Usina de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil, localizada na Avenida General Euclydes de Figueiredo, nº 278, no bairro Adelino Simioni. Além do ecoponto, a obra prevê benfeitorias na Usina, como melhorias no acesso, estacionamento e construção de refeitório, vestiário e salas administrativas. 
 
Com logística facilitada por estar junto com a usina, o local será mais uma alternativa oferecida para o descarte correto de pequenas quantidades de resíduos da construção civil, como já ocorre em outros seis pontos onde estão instalados os ecopontos. O planejamento é construirmos 29 ecopontos na cidade. 
 
Quando assumimos a prefeitura de Ribeirão Preto, a cidade não tinha um ecoponto sequer. O que havia eram caçambas colocadas em alguns pontos da cidade onde se descartava de tudo e a desordem imperava, com resíduos que se espalhavam pelo entorno e até fogo as pessoas colocavam nas caçambas. Decidimos que este era um problema a ser equacionado, porque felizmente temos uma economia dinâmica e, logo, um setor de construção civil em constante movimento, incluindo as pequenas construções particulares e reformas de imóveis. 
 
A importância de disponibilizar os ecopontos está comprovada pela procura pelos munícipes. De janeiro a agosto deste ano, aproximadamente 60 mil pessoas utilizaram esses espaços para a entrega de 348 toneladas de recicláveis, 10 mil toneladas de resíduos da construção civil e 10 mil toneladas de inservíveis. O ecoponto mais movimentado foi o do bairro Alexandre Balbo, com o registro de 16.184 acessos de munícipes, seguido pelo ecoponto do Jardim Centenário, com 13.885 acessos. O serviço é gratuito e permite o descarte de até 1 metro cúbico de cada tipo de material. 
 
Nosso planejamento é chegar à implantação de 29 ecopontos em Ribeirão Preto, o que deve ocorrer em quatro fases distintas, conforme o plano elaborado pela Divisão de Projetos de Obras Públicas, da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano. A proposta de divisão em fases é importante para que seja possível monitorar e avaliar os equipamentos implantados e incorporar melhorias para os projetos dos equipamentos futuros. 
 
No caso do sétimo ecoponto, que inaugura a segunda fase de implantação, o projeto de construção ampliou os espaços de manobra e melhorou os fluxos de circulação para maior conforto dos usuários. Também serão previstas neste e nos próximos ecopontos estruturas cobertas para possibilitar o recebimento de mais tipos de resíduos, como lixo eletrônico e lâmpadas fluorescentes, atualmente com reduzidos pontos de recolhimento. 
 
A construção em fases distintas também permite reunir os recursos necessários às edificações, porque também a obtenção de condições deve ser obra de planejamento de acordo com as disponibilidades orçamentárias. Trabalhamos para implantar estas estruturas dentro do menor tempo possível, porque sabemos das dificuldades encontradas por quem produz uma pequena quantidade de resíduos, para fazer o descarte regular. 
 
A total falta de ecopontos no passado levou ao descarte irregular destes resíduos em áreas não destinadas a este fim. E até criou uma coleta particular (também irregular), com deposição clandestina. Felizmente já temos nossos ecopontos em funcionamento para o descarte correto, que precisa, no entanto, ter o apoio da população. O meio ambiente agradece. 
 
* Prefeito de Ribeirão Preto   

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