Pesquisa realizada pela Tribuna Ribeirão, em parceria com o Instituto de Pesquisa Política (INPEP) revelou que se a eleição para prefeito fosse hoje, o deputado federal Ricardo Silva (PSD) seria o candidato mais votado. Marcado para o dia 6 de outubro de 2024, o pleito vai eleger o futuro prefeito e os vereadores da cidade para o mandato de 2025 a 2028.
Realizado nos dias 18 e 19 de setembro, o levantamento ouviu, por telefone, 600 eleitores da cidade, obedecendo a estratificação de gênero, faixa etária, renda domiciliar e divisão territorial com base nos dados mais recentes do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O censo IBGE foi realizado no ano passado e dos dados sobre o eleitorado da cidade são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dados do Tribunal, de outubro do ano passado, mostraram que a cidade tinha, na época, 467.666 eleitores. O grau de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro de 4%. No levantamento, 46% dos ouvidos foram de homens e 54% mulheres.
À pergunta “se a eleição para prefeito fosse hoje, em quem você votaria”, os entrevistados responderam de forma espontânea – quando não é apresentado nenhum nome -, e de forma estimulada – quando são apresentados vários cenários com nomes dos prováveis candidatos a prefeito.
A pesquisa também considerou mais de um provável candidato para prefeito por uma mesma legenda, em função de alguns partidos terem mais de um nome citado constantemente pela mídia e nos meios políticos. Entretanto, a definição dos candidatos só deverá ser feita, por cada legenda, nas convenções municipais que devem ser realizadas no próximo ano.
Cenário um
No primeiro cenário estimulado, Ricardo Silva teve 25% das intenções de votos, contra 13% do vereador emedebista Igor Oliveira e 8% do vereador Lincoln Fernandes (PDT). A vereadora do PT, Duda Hidalgo teve 7%, a ex-reitora da Universidade de São Paulo, Sueli Vilela (PDT) ficou com 7% e o vereador Alessandro
Maraca, também do MDB, foi citado por 5% dos entrevistados. Já o vice-prefeito Daniel Gobbi (PP) foi o preferido por 3%; o secretário municipal de Esportes, Ricardo Aguiar (PSDB) por 3%; o vereador Isaac Antunes (PL) recebeu 2%; o ex-candidato a prefeito Mauro Inácio do PSOL teve 1% e o advogado petista,
Ricardo Sobral, 1%.
Cenário dois
Na segunda simulação, sem a presença de Lincoln Fernandes, de Sueli Vilela, de Alessandro Maraca, de Daniel Gobbi e de Ricardo Sobral, o deputado Ricardo Silva teve 28%. Em segundo lugar ficou Igor Oliveira com 18%, seguido por Duda Hidalgo com 8%, Isaac Antunes com 4%, Ricardo Aguiar com 3% e Mauro Inácio com 1%.
Pesquisa espontânea mostra indefinição
Neste tipo de levantamento, sem a indicação de nomes, 72% dos entrevistados não souberam indicar ou não responderam em quem votariam e 15% afirmaram que votariam em branco ou anulariam o voto. Entre os que responderam, o atual prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira foi citado por 5%; o deputado federal Ricardo Silva por 3%; o vereador Igor Oliveira por 1%, e a vereadora Duda Hidalgo por 1%. Vale lembrar que Nogueira está em seu segundo mandato sucessivo para prefeito e a legislação eleitoral proíbe que ele tente mais uma reeleição. Para o sócio diretor do INPEP, cientista político e especialista em marketing político, Gabriel Pinelli, a indefinição de 72% do eleitorado mostra que a disputa política para prefeito, nas próximas eleições, ainda está aberta. E que a maioria ainda não sabe em quem vai votar.
Ricardo tem rejeição mais alta
O levantamento também perguntou em quem os entrevistados não votaram de jeito nenhum. A pesquisa estimulada mostrou Ricardo Silva com a maior rejeição: 18%. Já Igor Oliveira ficou em segundo com 11%; Alessandro Maraca teve 10%; Duda Hidalgo 9%; Lincoln Fernandes 9%; Suely Vilela 9%; Daniel Gobbi 4%; Isaac Antunes 4%; Mauro Inácio 4%; Ricardo Aguiar 2% e Ricardo Sobral 1%. Dos entrevistados 13% rejeitaram todos e 18% afirmaram não rejeitar nenhum deles.
Apoio pode influenciar voto
Em relação ao apoio de lideranças que podem influenciar o voto, 22% dos entrevistados afirmaram que o apoio do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) poderia fazer eles votarem para prefeito. Outros 22% disseram o mesmo em relação ao apoio do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nogueira também foi citado por 11% e o governador Tarciso de Freitas (Republicanos) por 7%. Dos entrevistados,
36% afirmaram que não seriam influenciados pelo apoio de nenhum deles.
Sobre o INPEP
O Instituto de Pesquisa Política (INPEP) é da cidade de São José dos Campos e tem quatro anos de atuação no mercado. Pertence a Fernando Antunes, cientista político e especialista em marketing político e Gabriel Pinelli, doutor em Psicologia Social.
O INPEP atuava somente com pesquisas eleitorais e políticas internas e contratadas por instituições, partidos e candidatos. Ou seja, os levantamentos não eram divulgados em veículos de comunicação, pois o foco era apenas consumo de quem contratava a pesquisa. Desde sua criação, o Instituto já realizou pesquisas em mais de 30 municípios. Recentemente o Instituto resolveu ampliar este trabalho e divulgar pesquisas para percepção da população sobre o cenário político- -eleitoral em parceria com meios de comunicação.