No comando do Botafogo desde o dia 25 de junho, o técnico Marcelo Chamusca vive o momento de mais pressão como comandante do Pantera. A sequência de nove jogos sem vitória e apenas dois gols marcados no período colocou em xeque o trabalho do treinador.
Chamusca tem mantido o perfil de dizer que segue no cargo e que não vai pedir demissão. A diretoria do Botafogo não tem se pronunciado e a sensação nos bastidores é de que uma troca no comando técnico não está nos planos neste momento.
Enquanto isso, o aproveitamento de Chamusca no comando do Pantera vai vertiginosamente. Até aqui, em 13 jogos, são 3 vitórias, 5 empates e 5 derrotas, o que totaliza um aproveitamento de 35,9%.
O péssimo momento do Tricolor é facilmente entendido em números. Neste mesmo recorte de tempo são apenas seis gols marcados e 12 sofridos.
A grande dificuldade de fazer gols deixa o Botafogo mais distante da vitória. O time, inclusive, é o pior da Série B quando o assunto é chances reais de gols criadas.
Os números negativos também podem ser exemplificados pela sequência histórica de partidas sem gols, que igualou um número de mais de 30 anos. O período sem vitórias também já é o maior sem vitórias dentro de uma Série B.
Para piorar e ligar ainda mais o sinal de alerta de Chamusca, seu aproveitamento a frente do Botafogo é menor do que o de seus três antecessores.
Leandro Zago teve 46,9% de aproveitamento. Já Paulo Baier obteve 57,8%. O treinador, inclusive, foi demitido enquanto o Botafogo liderava seu grupo no Paulistão. Já o questionado Adilson Batista também ficou a frente de Chamusca, com 38,6% de aproveitamento.
Marcelo Chamusca conta com o apoio da diretoria e do elenco. O próximo compromisso do Botafogo é no sábado, diante do Atlético-GO, no estádio Santa Cruz.