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Nestlé paga R$ 4,5 bi pela Kopenhagen  

Acordo terá de ser aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a expectativa é que o fechamento do negócio ocorra em 2024 (Reproduçção)

A multinacional de alimentos Nestlé anunciou na quinta-feira, 7 de setembro, a compra do Grupo CRM, dono das marcas de chocolates Kopenhagen e Brasil Cacau, que pertencia ao fundo americano Advent. O valor do negócio não foi revelado, mas é estimado em cerca de R$ 4,5 bilhões, de acordo com fontes próximas às negociações.

O acordo terá de ser aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e, segundo a Nestlé, a expectativa é que o fechamento do negócio ocorra em 2024. A atual presidente do Grupo CRM, Renata Vichi de Moraes, continuará à frente da operação, que conta com mais de 1 mil lojas e é um dos maiores franqueadores do país.

De acordo com a Nestlé, o controle acionário permitirá ao grupo “participar de um segmento diferenciado, agregando à sua estrutura um novo modelo de negócio com a rede de lojas que oferece uma experiência exclusiva aos consumidores aliando chocolates finos ao café. Ao mesmo tempo, a Nestlé estará comprometida em alavancar ainda mais o crescimento do Grupo CRM “

“Entendemos que temos uma grande oportunidade de acelerarmos segmentos de maior valor agregado, fortalecendo ainda mais a categoria de Chocolates no Brasil”, diz, em nota, Marcelo Melchior, CEO da Nestlé Brasil.  A venda da Kopenhagen faz parte de um processo de desinvestimento do Advent, que busca liberar recursos para novas oportunidades de aquisições no varejo.

Uma das dúvidas era se a empresa suíça estaria disposta a enfrentar novamente reguladores brasileiros, após um trâmite de mais de 20 anos no Cade da compra da Garoto, anunciada em 2002 e aprovada só em 2023. Recentemente, a Nestlé anunciou que vai investir R$ 2,7 bilhões em suas fábricas de biscoitos e chocolates no Brasil até 2026.

No último ciclo, de 2019 a 2022, o valor aportado pela empresa no País foi bem menor, próximo a R$ 1 bilhão. Para se ter uma ideia da relevância do número, o total a ser investido nesses três anos no País representa mais de 50% do que a Nestlé vai investir no mundo em chocolates e biscoitos. 

 

 

 

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