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Avenida tem vários ‘comércios’ vazios

Levantamento feito pelo Tribuna detectou pelo menos 20 imóveis comerciais desocupados na avenida: Acirp planeja estudo (Alfredo Risk)

Um levantamento feito pelo Tribuna na avenida Dom Pedro I, no Ipiranga, principal via de ligação para a Zona Norte de Ribeirão Preto, revela que pelo menos 20 imóveis comerciais estão desocupados e disponíveis para locação ou venda. São edificações variadas, de pequenos a grandes espaços e até um prédio onde funcionava uma igreja evangélica.

Revitalizada pela administração municipal por meio do Programa Ribeirão Mobilidade, a avenida ganhou, em 27 de outubro do ano passado, um corredor de ônibus com 5,53 quilômetros de extensão, contemplando ainda as avenidas Fábio Barreto, Marechal Costa e Silva, Capitão Salomão e Luiz Galvão Cezar, até a rotatória Alceu Paiva Arantes, no Planalto Verde.

Com o novo equipamento, o estacionamento na avenida foi totalmente proibido. Porém, após reclamação dos comerciantes e da mobilização dos empresários e da Distrital Norte da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), a prefeitura flexibilizou o horário de funcionamento da faixa exclusiva de ônibus.

Até antiga sede de igreja evangélica está disponível para negociação (Alfredo Risk)

Permitiu que os motoristas estacionassem na faixa desde que não seja nos horários de picos – de segunda a sexta-feira, das seis às nove horas da manhã, e das 16 às 19 horas. Aos sábados, domingos e feriados não há restrições.

Entretanto, as novas alterações são válidas somente durante a fase de transição, até que a nova rede com novos veículos seja implantada no sistema de transporte urbano. A Acirp apoia o corredor de ônibus, mas afirma que 202 vagas de estacionamento rotativo (Área Azul) para carros foram perdidas, afetando diretamente o comércio local.

Procurada para analisar o total de imóveis para locação, a Acirp afirma que acompanha a dinâmica econômica da avenida. Diz que quando o Programa Ribeirão Mobilidade estiver concluído, fará um estudo para detectar as potencialidades econômicas do local diante da nova realidade viária.

O estudo deverá ser semelhante ao realizado em abril deste ano na avenida do Café. O levantamento foi feito dois anos após a inauguração do corredor de ônibus na Zona Oeste. O objetivo era avaliar os impactos econômicos para os estabelecimentos situados na primeira via contemplada pelo programa. 

De acordo com levantamento, a avenida em 2017 contava com 32 comércios, 89 serviços, três instituições (escolas, hospitais, associações ou similares), 58 imóveis residenciais, dois industriais e dez propriedades de uso misto, totalizando 204 atividades. Já em 2022, passou a contar com 31 atividades comerciais, 96 serviços, três institucionais e 48 residenciais, dois industriais e nove de uso misto, caindo para 189, quinze a menos e queda de 7,35%. 

Foram observados os imóveis localizados nos dois lados da via e suas finalidades em uma extensão de 2,4 quilômetros. A avaliação foi feita usando a ferramenta Google Street View e teve como base os anos de 2017 e 2022, uma vez que de 2018 a 2020 não existem dados disponíveis do trecho (apenas um quarteirão não foi contabilizado por falta de imagens).

A Acirp emitiu nota para falar sobre a situação da Dom Pedro I. “A Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto tem acompanhado de perto as obras de mobilidade urbana no município, especialmente no que tange a alterações da atividade empresarial destes pontos”, diz.

“No caso da avenida Dom Pedro I, importante eixo comercial e de serviços da cidade, planejamos, por meio do Departamento de Relações Institucionais, fazer um balanço dos usos e ocupações pós-obras, nos moldes do que divulgamos em março deste ano sobre a avenida do Café”, explica.

“Para tanto, contudo, precisamos esperar o encerramento das intervenções municipais, incluindo o novo sistema semafórico para a operação completa do corredor de ônibus”, finaliza a Associação Comercial e Industrial no comunicado enviado ao Tribuna.

 

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