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Violência Escolar: Desafios e Estratégias para Enfrentamento

Ao abordar o tema da violência escolar no Brasil, devemos partir de uma premissa: Estamos do mesmo lado! Sim, para um debate mais produtivo, é fundamental a compreensão de que alunos, professores e familiares não são antagonistas.

Pesquisas e imagens compartilhadas nas mídias e redes sociais, registram o alarmante aumento de atos de violência no sagrado ambiente escolar. Familiares ficam preocupados e cobram providências contra profissionais flagrados em situações onde alunos são tratadas de forma ríspida, intimi­dados e até mesmo agredidos. Quando se trata de crianças da educação infantil a comoção é bem maior. Por outro lado, ver professores humilhados, ameaçados e atacados causa cons­trangimento e indignação geral.

Em um ambiente que deveria ser um espaço seguro para aprendizado e crescimento, a violência pode prejudicar não ape­nas o desenvolvimento educacional, mas também o bem-estar emocional e psicológico dos estudantes e dos educadores.

Elencar as causas não é um exercício difícil, podemos con­siderar que a falta de comunicação adequada entre os alunos e equipe pedagógica é o primeiro fator da violência escolar, mas existem outros graves como o bullying, a pressão social, familiar e acadêmica, além do acesso inadequado a recursos de apoio emocional. Tão importante como descobrir os motivos, é buscar as soluções para reverter o atual cenário de tensão e disputa em nossas instituições de ensino, promovendo uma cultura de paz, de respeito, de empatia e de inclusão.

O governo federal anunciou que repassará, inicialmente, R$ 150 milhões em recursos aos estados e municípios, por meio do Fundo Nacional de Segurança Pública, para apoio às polícias militares e guardas municipais reformarem as rondas escola­res. Uma novidade foi a criação de um grupo emergencial de monitoramento virtual, com 50 policiais atuando exclusivamente contra ameaças feitas em redes sociais.

No Estado de São Paulo, desde 2019 existe o Conviva (Pro­grama de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar), que capacitará 5 mil educadores para prevenção à violência, identifi­cação de vulnerabilidades nas unidades escolares e aplicação de ações proativas de segurança.

Em nossa passagem pelo legislativo municipal de Ribeirão Preto, aprovamos duas leis importantes. Em 2011, a primei­ra instituiu o Pacto Municipal Social visando o combate ao “Bullying”, reunindo esforços da iniciativa privada e dos poderes públicos constituídos no sentido de coibir a prática do “bullying”. Já em 2015, foram instituídas para atuação em todas as Escolas Municipais e Centros de Educação Infantil do município as Comissões de Mediação de Conflitos– CMC, com o objetivo de atuar na prevenção e resolução de conflitos que envolvam alu­nos, professores, familiares e servidores da comunidade escolar.

Independente do nome ou da forma, urge implantar programas de conscientização sobre os efeitos da violência escolar; realizar palestras e workshops que abordem temas como bullying, cyberbullying, respeito mútuo e resolução de conflitos; introduzir currículos que incluam educação emocional e social, focados em habilidades de comunicação e empatia; disponibilizar serviços de aconselhamento e psicolo­gia nas escolas para ajudar os envolvidos a lidar com questões emocionais e problemas de comportamento; garantir que as vítimas se sintam seguras ao denunciar casos de violência, promovendo a confidencialidade e a proteção contra represá­lias e efetivar punições contra infratores. Nunca esquecendo nossa alegação inicial: Estamos do mesmo lado!

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