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Os brasileiros nunca acessaram tanto o Poder Ju­diciário como no ano passa­do, quando 31,5 milhões de ações foram impetradas. O número corresponde a um aumento de 10% em relação ao ano anterior e é recorde da série histórica, conforme estatísticas da última edição do “Relatório Justiça em Nú­meros”, com base nos dados consolidados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ao longo dos últimos 14 anos.

Apresentado no dia 28 de agosto, na edição de 2023 do “Relatório Justiça em Nú­meros”, do Conselho Na­cional de Justiça o relatório revela que o aumento tem relação direta com os níveis de demanda observados no período pré-covid-19, bem como do aumento do acesso do brasileiro à Justiça. Con­siderando apenas as ações ajuizadas pela primeira vez em 2022 — sem, portanto, os casos em grau de recurso e as execuções judiciais —, o total é de 21,3 milhões de proces­sos, índice 7,5% maior do que no ano anterior.

Em 2022, foram finali­zados 30,3 milhões de pro­cessos, o que também cor­responde a um incremento considerável: crescimento de 10,8% em relação ao período anterior. Principal fonte das estatísticas oficiais do Poder Judiciário, o relatório mostra ainda que o total de casos jul­gados no ano passado atingiu 29,1 milhões, um aumento de 2,9 milhões (10,9%) em rela­ção a 2021.

Tramitaram no Judiciá­rio brasileiro 81,4 milhões de processos em 2022, dos quais 17,7 milhões esta­vam suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório, aguardando alguma situação jurídica futura. Desconside­radas essas ações, ao fim do ano restavam ainda 63 mi­lhões de ações judiciais em tramitação.

Arrecadação e despesas
As despesas do Poder Judiciário também aumen­taram em 2022, ano que re­presentou a normalização após dois anos de epidemia e o sistema de trabalho remo­to nos tribunais brasileiros. As despesas totais somaram R$ 116 bilhões, aumento de 5,5% em relação ao ano an­terior. Contudo, desconsi­derado o efeito da inflação, o gasto do ano passado foi equivalente ao registrado sete anos atrás, em 2015. Em decorrência da atividade ju­risdicional, os cofres públi­cos receberam durante o ano de 2022 R$ 67,85 bilhões, ou seja, um retorno de 58% das despesas efetuadas.

Do total arrecadado, R$ 33 bilhões decorrem do pagamento de dívidas por execução fiscal e R$ 19,7 bi­lhões, do recolhimento de custas. Também estão in­cluídas nesse total outras re­ceitas, como as cobradas em impostos, em execução pre­videnciária, em execuções de penalidades impostas pe­los órgãos de fiscalização das relações de trabalho e em Imposto de Renda.

De acordo com o “Justi­ça em Números”, o Judiciá­rio brasileiro presta serviços gratuitos à população, sem cobrança de custas, em qua­se metade das ações: 21,9% dos casos em tramitação são criminais ou de Juizados Es­peciais, em que não incidem cobranças; e, entre os demais processos, 29% tiveram con­cessão de assistência judiciá­ria gratuita.

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