O Abrasmercado – indicador que mede a variação de preços nos supermercados –, cesta composta por 35 produtos de largo consumo, dentre eles alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza e itens de higiene e beleza, registrou deflação de 1,51% em julho, ante queda de 1,20% em junho, de 0,14% em maio e alta de 0,53% em abril.
Os preços, em média, recuaram de R$ 741,23 em junho para R$ 730,06 – menor preço registrado desde fevereiro de 2022 (R$ 719,06) –, desconto de R$ 11,17. Custava R$ 750,22 em maio, desconto de R$ 8,99 na média nacional. De abril para maio, caiu de R$ 751,29 para R$ 750,22, desconto de R$ 1,07.
Na comparação com julho de 2022, a cesta apresentou queda de 6,20%, passando de R$ 778,32 para R$ 730,06, desconto de R$ 48,26. Neste ano, custava R$ 754,98 em janeiro, R$ 752,04 em fevereiro e R$ 747,35 em março. A pesquisa é elaborada e divulgada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Esta foi a quinta queda do ano. A única alta ocorreu na passagem de março para abril, de 0,53%, saltando de R$ 747,35 para R$ 751,29, acréscimo de R$ 3,94. Em março, caiu 0,62% em relação aos R$ 752,04 de fevereiro, quando custava R$ 747,35, desconto de R$ 4,69. De janeiro para fevereiro a queda foi de 0,39%.
Carne bovina
A queda nos preços dos produtos lácteos, da proteína animal e a menor pressão das cestas de higiene e de limpeza contribuíram para o recuo dos preços em todas as regiões pesquisadas. Em julho, as quedas na cesta de lácteos foram puxadas por leite longa vida (-1,86%), leite em pó (-0,48%), margarina cremosa (-0,13%), queijos muçarela e prato (-0,20%).
As carnes seguiram a tendência de queda registrada no primeiro semestre: cortes do dianteiro (-2,47%), cortes do traseiro (-2,44%), frango congelado (-2,27%) e pernil (-1,44%). Pela primeira vez no ano, os ovos apresentaram estabilidade nos preços (0,01%).
Dentre os itens básicos, a única alta foi puxada por açúcar refinado (+1,58%). Já a queda mais expressiva foi registrada no preço do feijão (-9,24%), seguido de óleo de soja (-4,77%), café torrado e moído (-1,58%), farinha de mandioca (-1,54%). Na cesta de higiene e beleza, as principais quedas foram registradas em xampu (-0,69%), sabonete (- 0,11%), papel higiênico (-0,03%).
Segundo a Abras, em limpeza, o sabão em pó registrou queda de -0,80% nos preços. Na análise regional, a maior queda no indicador ocorreu na região Sudeste (-1,58%), seguida de Sul (-1,13%), Nordeste (-1,13%), Norte (-1,05%), Centro-Oeste (-1%).
Básicos
Na cesta de alimentos básicos (que monitora doze produtos) também foi registrada deflação de 2,07% em julho, ante queda de 1,77% em junho e de -0,14% em maio, após alta de 0,80% em abril e deflação de 0,10% em março frente a fevereiro. Na média nacional, caiu de R$ 316,29 em junho para R$ 309,75, abatimento de R$ 6,54. De junho para maio houve desconto de R$ 5,71, ante R$ 322,00. Em março custava R$ 319,91, ante R$ 320,22 de fevereiro e R$ 318,35 de janeiro.
A variação em fevereiro frente a janeiro de 2022 foi de 0,59%. As principais quedas vieram de feijão (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), carne bovina – corte do dianteiro (-2,47%), leite longa vida (-1,86%), café torrado e moído (-1,58%), farinha de mandioca (-1,54%), farinha de trigo (-0,71%), margarina cremosa (-0,13%), queijo muçarela (-0,20%), arroz (-0,74%), massa sêmola de espaguete (-0,41%). O açúcar refinado registrou alta de 1,58%.
Sudeste
Na Região Sudeste, houve deflação de 1,58% na passagem de junho para julho, recuando de R$ 745,72 para R$ 733,96, desconto de R$ 11,76. Foi a maior queda regional, seguida de Sul (-1,13%), Nordeste (-1,13%), Norte (-1,05%), Centro-Oeste (-1%).
Caiu 1,17% na passagem de maio para junho, de R$ 754,56 para R$ 745,72, desconto de R$ 8,84. Havia registrado inflação de 0,72% de março para abril, saltando de R$ 749,94 para R$ 755,32, acréscimo de R$ 5,38. Também houve deflação de 0,84% de fevereiro (R$ 756,26) para março. Na passagem de janeiro, quando custava R$ 759,81, para fevereiro, a queda havia sido de 0,47%.
Oficial
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – indexador oficial de preços no país – fechou julho em alta de 0,12%, após deflação de 0,08% em junho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 2,99%. O resultado em doze meses está em 3,99%. Os preços de Alimentação e bebidas caíram 0,46% em julho, após queda de 0,66% em junho.
Consumo
O consumo de itens de supermercados nos lares brasileiros subiu 3,37% em julho, na comparação com o mesmo período de 2022. No acumulado do ano até julho, a alta é de 2,52%. Marcio Milan, vice-presidente da Abras, lembra que a projeção para o ano completo de 2023 é de crescimento de 2,5%. Essa previsão, a princípio está mantida.