Papel do técnico
Alisson foi contratado na época de Rogério Ceni, não emplacou. Encostado no São Paulo era reserva sem expressão. Hoje titular, na faixa do campo onde rende mais, ele reencontrou seu futebol com o qual brilhou no Grêmio, graças ao técnico Dorival Júnior. Recuperar jogadores é um dos papeis do técnico. No Botafogo de Ribeirão Preto, em 2004/5, Marcos Dias era um centroavante contestado. Edson Mariano assumiu o time e o transformou em camisa 10, ganhou um meia-atacante de qualidade.
Papel do jogador…
Há jogadores que absorvem a instrução do técnico, outros não. Derval, volante do Comercial e do Guarani, ao entrar em campo perguntou ao técnico Carlos Alberto Silva: “O que é para eu fazer mesmo?”. O técnico desistiu de explicar: “Faz o que você sabe”. Há jogadores que, além de entender o treinador, possuem qualidade para tomar iniciativa em campo. Como Gerson fez na Copa de 70 contra o Uruguai, trocou de posição com Clodoaldo sem falar com Zagalo, mas com aval do capitão Carlos Alberto.
Papel de Osman…
O astro principal do Botafogo é Osman, que nunca fez este papel por onde passou. Ótimo coadjuvante, como segundo atacante de qualidade, era a surpresa para os adversários preocupados com os principais astros. Este é o erro que detecta porque o time é tão fraco na Série B. Como Roger Guedes era para ser coadjuvante não a estrela no Corinthians, que agora nem Roger tem. Mas tem as traves argentinas, que garantiram a semifinal na Sul-Americana contra o Estudiantes, nunca vi nada igual.