Mais de uma semana já se passou desde que Maui, ilha no Havaí, nos Estados Unidos, foi devastada por incêndios florestais mortais. A busca por sobreviventes continua e o número de mortos segue aumentando. Até esta sexta-feira, 18 de agosto, 111 mortes foram confirmadas pelo incêndio que iniciou como um incêndio florestal e se espalhou pela cidade de Lahaina, tornando-se uma das tragédias deste tipo mais mortais dos Estados Unidos em mais de 100 anos.
Ao mesmo tempo em que autoridades lutam pela busca e identificação de vítimas e sobreviventes tentam se reestruturar, Maiu ainda se depara com uma série de perguntas sem respostas, como a causa do incêndio ter se espalhado de forma tão rápida, a razão para o sistema de sirenes de alerta não ter sido acionado e a real responsabilidade da empresa fornecedora de energia na região perante a tragédia.
O número de mortos no incêndio, que já superou os 100, pode dobrar, segundo disse o governador do Havaí, Josh Green, para a emissora CNN. O balanço aumenta à medida que as equipes de emergência, com o auxílio de cães farejadores avançam nos trabalhos de busca entre casas e veículos incendiados.
A zona queimada é grande e a busca por restos mortais tem sido lenta e meticulosa. Cerca de 45% da área havia sido vasculhada até a manhã da quinta-feira (17). Cerca de mil pessoas estão desaparecidas, o que não necessariamente equivale ao número de pessoas mortas. Em incêndios florestais mortais anteriores nos Estados Unidos, o número de pessoas inicialmente desaparecidas superou em muito o número final de mortos.
A busca ainda está longe de terminar. Os socorristas, com a ajuda de antropólogos e cães farejadores, devem vasculhar um terreno baldio de cinzas e detritos para encontrar restos humanos. O governo federal disse que enviou médicos legistas, patologistas, técnicos, unidades de raios-X e outros equipamentos para identificar as vítimas e processar os restos mortais. É provável que o processo continue por semanas e talvez meses.