As vendas do comércio de Ribeirão Preto cresceram 2% em julho na comparação com o mês anterior, quando a alta foi de 3,21% em junho, aponta levantamento do Centro de Pesquisas do Varejo (CPV), mantido pelo Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão e Região (Sincovarp) – atende 43 cidades – e pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL RP).
É a sexta alta consecutiva, neste ano. A única queda ocorreu em janeiro (-6,88%). As vendas cresceram 5,8% em fevereiro, voltaram a registrar alta de 5% em março, repetiram o desempenho em abril e avançaram 6,2% em maio. Quando a comparação é feita com o mesmo período do ano passado, o crescimento médio das vendas de julho chega a 3,75%.
O resultado positivo de julho foi sustentado principalmente pelas vendas de roupas, calçados e artigos relacionados ao clima frio e ao período de férias. “Apesar do frio, julho é um mês efervescente no que diz respeito a passeios e entretenimento para os estudantes, além das viagens em família que sempre acabam exigindo a compra de roupas e calçados novos, ou mais algum acessório”, diz o analisa Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV.
“Ainda mais quando os destinos são localidades que têm o frio como grande atração”, analisa. Ele também atribui a performance positiva ao fato de Ribeirão Preto ser um grande polo regional de consumo. “Para a população da região, que optou por curtir as férias com os filhos, sem viajar ou viajando pouco, Ribeirão tornou-se uma boa opção de passeios para compras, lazer, entretenimento e gastronomia, o que sempre acaba incrementando as vendas do varejo local”, diz.
Acumulado do semestre
No primeiro semestre de 2023, as vendas do varejo de Ribeirão Preto acumularam alta de 18,33%, já considerando a queda de -6,88% registrada em janeiro. No período, a média de crescimento das vendas no comércio local ficou em 3,05%, ao mês, abaixo da média apurada no primeiro semestre de 2022, que foi de 4,09% ao mês, ocasião em que o acumulado do período foi de 24,54%.
Novo indicador do CPV
O CPV também apurou que o comércio de Ribeirão Preto, movimentou R$ 600 milhões em vendas no primeiro semestre de 2023, média de R$ 100 milhões, ao mês, entre janeiro e junho. Na comparação com o mesmo período de 2022, o faturamento teve queda de -9,33% em relação aos seis primeiros meses do ano passado, quando o setor movimentou R$ 656 milhões, média de R$ 109 milhões ao mês.
Empregabilidade
Em julho, a média de variação entre vagas de emprego abertas e fechadas, no comércio varejista de Ribeirão Preto, teve alta de 5%, acompanhando a movimentação da cidade. Nos dois meses anteriores, o indicador havia registrado estabilidade.
Índice de Confiança
Sobre a expectativa dos negócios para os próximos três meses (no curto prazo), considerando uma escala que vai de 1 a 5 pontos, em que 1 significa “muito pessimista” e 5 “muito otimista”, o Índice Sincovarp/ CDL de Confiança do Varejo ficou em 3,5 pontos, em julho (ante 3,4 pontos, em junho), classificado como positivo.
Considerando a mesma escala, o índice para os próximos doze meses (de longo prazo) ficou em 3,5 pontos (ante iguais 3,5 pontos, em junho), também considerado positivo. “O primeiro semestre foi positivo projetando um fim de ano promissor para o comércio varejista, ainda que o desempenho de 2023, até o momento, esteja um pouco abaixo do apurado no ano passado”, diz Galli Alberto.
“Fatores como a recente redução da taxa de juros Selic, o aparente controle da inflação, dólar em baixa e o programa de renegociação de dívidas, reforçam a tendência de boas vendas para o segundo semestre. O maior ponto de atenção é quanto aos preços dos combustíveis que podem voltar a subir por conta da disparada do preço do petróleo no mercado internacional”, emenda.
Dia dos Pais
O varejo de Ribeirão Preto projeta crescimento entre 4% e 6% nas vendas para o Dia dos Pais, celebrado no próximo domingo, 13 de agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o avanço foi de 3,75%. O valor médio desembolsado para a compra do presente deve variar entre R$ 150 e R$ 200.
Em Ribeirão Preto, roupas representam a maior parte das intenções de compra para o Dia dos Pais (54%), seguidas de calçados (40%), perfumes e cosméticos (37%), acessórios como meias, cintos, óculos, carteiras e relógios (32%), além de celulares e artigos de tecnologia (21%).