Por: Adalberto Luque
A Polícia Civil prendeu, na manhã desta quinta-feira (03), o principal suspeito de matar e enterrar Nilza Costa Pingoud, de 62 anos. Ele foi localizado na cidade de Frutal, em Minas Gerais, na divisa com o Estado de São Paulo, a 81 quilômetros de Barretos.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Rafael Faria Domingos, o jovem morava nos fundos da casa de Nilza, no bairro Los Angeles, Barretos. O delegado adiantou que ele teria sido acolhido pela mulher depois de se apresentar como travesti. Ela teria alojado o homem nos fundos de sua residência. Nilza era viúva havia quatro anos.
A Polícia Civil descobriu o corpo de Nilza na terça-feira (01), quando vizinhos, desconfiados por não estar vendo a mulher há alguns dias, relataram o fato na delegacia. Um investigador foi até o local e, ao pular o muro da casa, percebeu que o jardim estava com terra remexida.
Ao cavar, localizaram o corpo da mulher. As investigações começaram imediatamente e, em pouco tempo, os policiais já tinham o nome do suspeito: Leonardo Silva, de 18 anos, o homem que teria sido acolhido pela vítima. Foi apurado que ele se apresentava como sobrinho de Nilza e seria morador de Planura, no Triângulo Mineiro.
Nesta quarta-feira (02) a Justiça expediu mandado de prisão temporária contra o investigado. O homem foi preso na manhã desta quinta-feira (03). Ele estava em um posto de abastecimento na cidade de Frutal. Com ele os policiais encontraram o telefone celular da vítima.
Através do celular, o homem teria feito movimentações, utilizando dinheiro da vítima. Ele foi preso com uma motocicleta, supostamente comprada após a morte de Nilza. A motocicleta foi apreendida. A CNH da mulher também estava com o suspeito. O delegado informou que eles se conheciam desde a infância do suspeito.
A Polícia Civil conseguiu imagens de Leonardo em câmeras de segurança próximo à residência da vítima. Utilizando tecnologia de reconhecimento facial, descobriram que ele morava em Planura, mas não foi localizado durante as buscas. Encontrado em Frutal, foi preso em flagrante e já está em Barretos, onde será interrogado.
Ele ainda não havia nomeado um defensor. O delegado pretende apurar se o rapaz teve alguma ajuda para matar Nilza ou até mesmo para ocultar o cadáver. O laudo que pode apontar a causa da morte ainda não foi concluído, mas a principal suspeita é de que ela tenha sido asfixiada enquanto dormia.
Leonardo vai ficar preso por 30 dias e a prisão pode ser revogada por mais 30 dias ou passar para prisão preventiva, onde ele permaneceria preso até o julgamento do caso. Informalmente, ele teria confessado o crime para os policiais militares de Frutal, que efetuaram sua prisão. Se indiciado, deve responder por latrocínio. As investigações prosseguem.