A Secretaria Municipal da Saúde, por meio da Divisão de Vigilância Ambiental, disponibiliza, desde quarta-feira, 19 de julho, mais um posto fixo para vacinação antirrábica, no Distrito de Vigilância em Saúde Sul, localizado na rua Nabuco de Araújo nº 71, na Vila Virgínia, de segunda-feira a sábado, das nove às 16 horas.
Na Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), localizada na avenida Eduardo Andréia Matarazzo (Via Norte) nº 4.255, na Vila Albertina, Zona Norte, a vacinação de cães e gatos permanece à disposição da população de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h30.
Aos sábados, domingos e feriados, o horário é das oito às 16 horas. Mais informações pelo telefone (16) 3969-8120. A raiva é uma zoonose que quase sempre é fatal, tanto para o homem quanto para o animal. Manter o pet devidamente vacinado é a única maneira de protegê-lo da doença.
“Os animais devem ser vacinados anualmente contra a raiva. Para receber a vacina é importante que o animal esteja saudável e tenha mais de três meses de vida”, orienta a chefe da Divisão de Vigilância Ambiental, Maria Lucia Biagini. A vacinação é gratuita e não é preciso agendamento.
Os cães devem ser levados com coleira e guia e os gatos em caixa de transporte. A campanha não acontece desde 2019. Em 2020, a Secretaria de Estado da Saúde e os 645 municípios paulistas decidiram adiar a vacinação contra a raiva para cães e gatos de 2020, como forma de prevenção à propagação da covid-19.
Em 2019, em Ribeirão Preto, segundo dados da Vigilância Ambiental em Saúde, órgão da Secretaria Municipal da Saúde, a Campanha de Vacinação contra a Raiva Animal havia imunizado 67.012 animais (cães e gatos) durante as ações que ocorreram entre 10 de agosto e 13 de setembro em toda a cidade.
A campanha superou a meta de 60 mil animais em 11,7% antes do término – foi até o final de setembro. A raiva é uma doença que não tem tratamento e nem cura e é transmitida a cães e gatos por meio de contato com morcegos contaminados. Por isso, há necessidade de proteger os animais domésticos, uma vez que a doença pode ser transmitida também ao homem.
“Orientamos a população, principalmente, para que alerte as crianças e adolescentes a não manterem contato com os animais. Quem encontrar um morcego, mesmo que esteja morto, deve acionar a Divisão de Vigilância Ambiental para que sejam orientados corretamente”, explica Maria Lúcia Biagini.
O Brasil possui 33 milhões de domicílios com pelo menos um cachorro, e mais doze milhões com algum gato, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o Ministério da Saúde estima que a população de caninos e felinos pode variar entre 10% e 20% em relação à população humana do município.
Dentro dessa estimativa, Ribeirão Preto teria entre 70 mil e 140 mil cachorros e gatos – são 698.259 habitantes, de acordo com dados de julho divulgados em agosto pelo IBGE. Desde 1997, o estado não registra casos de raiva em humanos provocados pela variante canina, e desde 1998 não há casos caninos e felinos.
Casos esporádicos podem ocorrer pela variante de morcego, sendo o último registro de 2018 após contato direto da vítima com morcego infectado (vivo ou morto). A prevenção da raiva ocorre por meio do controle da doença nos animais domésticos e da profilaxia no ser humano.
Assim, as pessoas ou cães e gatos que tiverem contato acidental com morcegos devem ser prontamente encaminhadas para tratamento profilático. Também é imprescindível procurar um serviço de saúde se a pessoa for arranhada ou mordida por um animal mamífero desconhecido. Não há cura para a raiva e é uma doença quase sempre fatal, que pode provocar paralisia, debilidade e outros quadros motores.