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Leilão de áreas pode render R$ 102,48 mi

A prefeitura de Ribeirão Preto desistiu de leiloar parte do campo de futebol do Hawai Fu­tebol Clube, localizado no bair­ro Vila Elisa, na Zona Norte da cidade. Dois terrenos com 340 metros quadrados cada e com valor total de R$ 242.079,80 fa­zem parte de um quarteirão que pertence ao município.

Tem um campo de futebol que há mais de duas décadas é usado pelo Hawai. O equipa­mento foi construído e é con­servado e mantido pelo time. A equipe é heptacampeã – sete vezes – do Campeonato Ama­dor de Ribeirão Preto. Além dos dois terrenos, a prefeitura tam­bém desistiu de leiloar outras três áreas.

Uma fica no bairro Ipiranga, tem 1.500,25 m², está avaliada em R$ 1.119.561,71 e é utilizada em projeto ambiental da Secre­taria Municipal de Educação. As outras duas são praças públicas. Uma está localizada no Jardim Orestes Lopes de Camargo, na Zona Norte, com 3.697,44 m² e avaliada em R$ 1.746.095,70.

A outra fica no Adelino Si­mioni, também na região Norte, tem 3.815,78 m² e está avaliada em R$ 1.928.713,86. Com a re­tirada das cinco áreas, o leilão virtual que a prefeitura realiza nesta quinta-feira, às dez horas da manhã, terá 74 imóveis e não mais os 79 previstos inicialmen­te na licitação.

Caso todos os imóveis sejam alienados pelo valor previsto em edital, a prefeitura vai arreca­dar R$ 102.481.865,05. São R$ 4.029.160,87 a menos que os R$ 106.511.025,92, queda de 3,78%. Por meio de nota, a prefeitura afirma que, no caso do campo de futebol, foi verificado que tais terrenos, conjuntamente com outros que compõem a mesma quadra, compreendem um úni­co equipamento.

“Assim, preliminarmente, os imóveis serão retirados do leilão para eventual regularização da permissão e concessão de uso caso seja satisfeita as condições previstas na legislação e se de­monstrado interesse público rele­vante”, diz a nota. Caso contrário serão objeto de inclusão de novo processo licitatório de alienação conjuntamente com os demais imóveis da mesma quadra.

No caso das praças foi verifi­cado que os imóveis já foram ur­banizados e atendem a popula­ção de seu entorno como opção de lazer e convivência. Em rela­ção ao terreno no bairro Ipiran­ga, afirma que o local é sede de projeto ambiental da Secretaria de Educação.

Do total das áreas que serão leiloadas onze estão invadidas por particulares. De acordo com o governo municipal, ca­berá ao comprador a respon­sabilidade pela desocupação do local comprado, inclusive a impetração de ações judiciais, quando for necessário.

Entre as áreas que serão lei­loadas estão aquelas atualmente ocupadas pela Secretaria Muni­cipal de Infraestrutura, no Jar­dim Paulistano, na Zona Leste – Divisão de Transporte e o pátio municipal de apoio ao Detran. SP, além da garagem da Secre­taria da Infraestrutura, na rua Patrocínio.

Outra área da pasta que será leiloada abriga a Divisão de Ma­nutenção e a Coordenadoria de Limpeza Urbana (CLU), na rua João Nutti, na divisa com o Parque dos Bandeirantes. Se os imóveis forem leiloados, o edital de licitação prevê que a prefeitu­ra de Ribeirão Preto terá que de­socupá-los no prazo máximo de seis meses contados a partir da assinatura do contrato de com­pra e venda.

Para 71 áreas o lance mí­nimo será de 80% do valor do imóvel. Já para oito imóveis o lance mínimo será de 100%. O prazo de pagamento será com entrada no valor de 30% da área e o restante poderá ser dividido em até 11 parcelas mensais. A relação dos lotes, bem como re­gras de participação e condições oficiais podem ser acessadas no link www.ribeiraopreto.sp.gov.br na aba “alienação de áreas”.

Os interessados têm até esta quinta-feira (20) para ofertar o lance da área que desejam ad­quirir. Às dez horas, será fina­lizado o processo licitatório e considerado vencedor o partici­pante que oferecer o maior valor pelo lote desejado. Os imóveis estão localizados em várias re­giões do município. De acordo com a licitação os recursos obti­dos com a alienação dos imóveis serão destinados à construção do Centro Administrativo.

Valor
A determinação foi estabe­lecida pela lei complementar número 3.129, do ano passado, e pela lei nº 2.902/2018. Ambas vinculam a venda dos imóveis à construção do equipamen­to. O maior valor é do Terra de Florença, no distrito de Bonfim Paulista. Com 15.590 metros quadrados, está avaliado em R$ 14.692.777,81. Já a área mais barata é um terreno com 66 me­tros na avenida Marechal Costa e Silva, região Norte da cidade, avaliado em R$ 23.798,58.

Centro
O Centro Administrativo será instalado em uma área de 106 mil metros quadrados, na avenida Cavalheiro Paschoal Innecchi, no Jardim Indepen­dência, na Zona Norte. A obra está orçada entre R$ 45 milhões e R$ 60 milhões. Será construída em terreno doado pela Funda­ção Educandário Coronel Quito Junqueira. A previsão da área construída é de aproximadamen­te 33 mil m², sendo que a taxa de ocupação máxima de construção permitida para o local é de 75%.

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