“Inadmissível existirem seres humanos imundos como vocês, lixo de pessoas. Acham normal atos racistas? Enquanto existirem pessoas como vocês, o mundo não vai para frente. Racistas de m…”, escreveu o jogador. Alguns minutos depois, em nova publicação, Bidu publicou respostas que recebeu. Muitos enviaram imagens de macaco e bananas, além de o chamarem de “mono”, macaco em espanhol.
O Corinthians foi recebido com um clima bastante hostil no Estádio Monumental em razão dos desdobramentos do primeiro jogo, vencido por 1 a 0 pelo Corinthians na Neo Química Arena. Na ocasião, Sebastián Avellino, que é uruguaio, foi flagrado imitando macaco para torcedores corintianos, por isso está preso em São Paulo, acusado de racismo. Ele disse que estava com os braços abertos porque carregava cones. O Universitario criticou a Justiça brasileira e até entrou com uma faixa em apoio a Avellino em um jogo do Campeonato Peruano.
Ao chegar em Lima na terça-feira, o Corinthians temeu pela segurança, mas conseguiu chegar sem maiores problemas ao estádio Dentro de campo, após o volante Ryan, de 20 anos, marcar o segundo gol corintiano, tirar a camisa e exibi-la para a torcida rival, uma grande confusão se iniciou. Na coletiva de imprensa após o jogo, Luxemburgo e Róger Guedes pediram desculpas, dizendo que Ryan era muito jovem e cometeu um erro ao comemorar dessa forma.
TÉCNICO DO UNIVERSITÁRIO IRONIZA
A política de boa vizinhança adotada pela dupla corintiana não encontrou reciprocidade do outro lado. O técnico do Universitario, Jorge Fossati, ironizou as declarações de Luxemburgo e ainda equiparou o fato de exibir uma camisa a torcedores ao gesto de racismo praticado pelo preparador uruguaio.
“Agora aqui, de novo, não aconteceu nada pelo gesto (de Ryan) de mostrar a camisa. Isso é rir da cara ou o quê? O garoto tem o que, 12 anos? Mas lá, por um gesto, tem um preparador físico preso há sete dias. Aqui tem que desculpar porque, pobrezinho, é um jovenzinho”, disse Fossati.
O treinador também tentou justificar o ato de Avellino, afirmando que foi uma resposta a xingamentos proferidos por corintianos.”No jogo de lá, falaram ‘índio’ ao banco de reservas durante todo o jogo. Que eu saiba, índio pretende ser uma palavra ofensiva ou racista. Isso não se falou lá, parece que ninguém ficou sabendo, só escutaram um lado”, disse.