Uma educação básica pública de qualidade para todos é o alicerce que ancora o desenvolvimento tecnológico e científico de um país, no entanto, no Brasil desde sempre a aristocracia rural e urbana usou todas as ferramentas disponíveis para manter a absurda desigualdade social, baseada nos privilégios de uma classe que se acha nobre, com direitos absolutos, e por herança tem direito ao monopólio do poder. Os séculos que se sucederam e mostraram o desastre desta política segregadora, que colocava os filhos dos ricos em escolas bem estruturadas, com ambiente pedagógico que facilitava o aprendizado, já para os filhos dos pobres, as estruras das escolas eram espelhadas nos presídios, e o ambiente pedagógico, por falta de investimento dificultava o aprendizado.
No entanto, aquela qualidade educacional que as escolas dessa gente “nobre” cantava aos quatro ventos, não trouxe em seu bojo o conceito de humanidade expressa na Declaração Universal dos Direitos Humanos, apenas o egoísmo, o desprezo e o ódio que sempre nutriram pelos pobres, que julgam serem seres inferiores, foi o que sobrou. Como tudo esbarra na educação, essa educação contribuiu, e está contribuindo para corroer a nossa jovem Democracia. Isso está acontecendo porque a parcela da população que se julga superior, escolheu o ódio e a mentira para atacar seus oponentes – falam em liberdade, mas querem oprimir.
Uma educação de qualidade tem que ser autônoma e libertadora como afirmava Paulo Freire, no entanto, essa educação egoísta e predadora, que usa o radicalismo religioso, calçado no Velho Testamento contaminou os poderes da República. No Judiciário, uma operação foi criada para extirpar de vez do Brasil, a corrupção secular e sistêmica. A cobertura gigantesca da grande mídia, que transmitia tudo ao vivo (privilegiando a Rede Globo), transformou juízes e procuradores em baluartes da moralidade e da ética, verdadeiros heróis nacionais, mas a sanha dessa gente de “bem” pelo poder político e dinheiro transformou a operação no maior escândalo jurídico da nossa história.
Esta operação trouxe prejuízos incalculáveis para a população brasileira, pois além de destruir as indústrias da construção civil, milhões de empregos e causar uma grande recessão, ajudou a colocar na Presidência do Brasil, um presidente abjeto, desqualificado, defensor da ditadura militar e dos torturadores, ligado às milícias cariocas, praticante de peculato e negacionista, que através do seu discurso de ódio transformou o Brasil em um palco de discórdia, tendo como pano de fundo o fundamentalismo religioso, e aquele povo que outrora era chamado de gentil e prestativo, se transformou em um ferrenho seguidor do miliciano, que chamam de “mito”. Proliferar o ódio é mais fácil!
Há décadas, que o Legislativo brasileiro não atende as expectativas da população, pois as negociatas e a corrupção sempre estiveram presentes, mas o que está acontecendo atualmente é deplorável. A Igreja Católica não participava diretamente da política partidária, sua influência junto aos poderosos era nos bastidores, mas a partir das Comunidades Eclesiais de Base, a Igreja começou a influenciar a população pobre, a lutar pelos seus direitos e ocupar os espaços na política – isso despertou a sanha das igrejas pentecostais, e a partir de 1986 resolveram disputar as eleições, com o lema: “colocar homens de “Deus na política”, e o Velho Testamento passou a ser a Constituição dessa gente, e nos dias de hoje com a chegada da milicada, o Congresso virou um palco para criminosos cometerem crimes.
Atacar criminosamente as mulheres parlamentares é regra para essa canalhada, estimular e praticar o racismo, tripudiar em cima da comunidade LGBTQIA+, além da corrupção escancarada é a prática dessa gente. Fica claro que a educação supostamente superior que essa gente de “bem” tanto se orgulha, na verdade é a educação doutrinadora, que cria estes analfabetos funcionais, para com seu analfabetismo tentar depreciar os professores das escolas básicas públicas. A delinquência intelectual e moral dessa gente não tem limite. O deputado Eduardo Bolsonaro, vulgo “bananinha” – comparou os professores das escolas básicas públicas a traficantes de drogas – é crime em cima de crime! E esse delinquente, mesmo sendo carioca foi eleito por São Paulo. O voto tem que ser mais seletivo e responsável!