O Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi (Marp), equipamento da Secretaria da Cultura e Turismo, recebeu 999 inscrições de artistas para participar do 48° Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional-Contemporâneo (Sarp), batendo o recorde de inscritos em uma única edição e superando os cerca de 660 artistas de 2022.
Considerado um dos mais tradicionais e importantes salões de artes do Brasil, o Sarp deste ano traz novidades na premiação aos artistas. Além dos três prêmios aquisitivos, nomeados como Prêmios “Cidade de Ribeirão Preto”, “Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto” e “Leonello Berti”, no valor de R$ 10 mil, todos os 30 selecionados receberão o valor de R$ 500 como prêmio de participação.
Os 30 artistas irão fazer parte de uma exposição, prevista para ser realizada entre os dias 4 de agosto e 21 de novembro. O Sarp é organizado pelo Marp e se destaca entre os principais salões de arte do Brasil. Sua primeira edição foi realizada em 1975 e a cada ano publica um edital para as inscrições dos artistas, realizando processo de seleção das obras inscritas, com premiação.
Em quase 50 anos, o Sarp democratiza o acesso de jovens artistas ao circuito das artes, além de cumprir seu papel mais importante, realizar um panorama anual da produção contemporânea de arte, a partir dos projetos inscritos, propiciando a formação de público em Ribeirão Preto e região. Outra importante ação é constituir uma excelente coleção de obras públicas para o acervo do Marp, proveniente das premiações das edições anuais do salão.
História
O prédio onde está instalado o Marp possui estilo eclético e foi construído no início do século passado para ser a primeira sede da Sociedade Recreativa e de Esportes de Ribeirão Preto, a Recra. O baile inaugural aconteceu em 31 de dezembro de 1908.
Em 1956, a antiga sede da Sociedade Recreativa, após reforma efetuada pela prefeitura de Ribeirão Preto, passou a ser ocupada pela Câmara de Vereadores, que funcionava desde 1917 no Palácio Rio Branco, juntamente com a prefeitura, funcionando até o ano de 1984, quando foi transferida para o pavimento superior da Casa da Cultura Juscelino Kubitschek.
Após uma grande reforma, o Marp foi inaugurado em 22 de dezembro de 1992 com o objetivo de reunir todo o acervo de artes plásticas da prefeitura, que na época contava com obras do Sarp e do Salão Brasileiro de Belas Artes (Sabbart), adquiridas pelo poder público, bem como obras doadas, a exemplo dos artistas Leonello Berti e Nair Opromolla, além de promover a recuperação do acervo.
Em homenagem póstuma ao crítico de arte e artista plástico Pedro Manuel-Gismondi, falecido em 1999, o equipamento cultural, a partir do ano de 2000, passou a ser denominado Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi.