Tribuna Ribeirão
Política

Lula chegará a 15 viagens ao exterior

RICARDO STUCKERT/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem mantido uma agenda intensa no exte­rior. Em apenas seis meses de governo, já visitou doze países em sete viagens diferentes e fi­cou 31 dias fora do Brasil. E esse número vai crescer em julho – Lula já tem viagens marcadas para Argentina, Colômbia e, provavelmente, Bélgica.

A primeira agenda do mês ocorre já nesta terça-feira, dia 4, com a participação do pre­sidente na 62ª Cúpula do Mer­cosul e Países Associados, em Puerto Iguazú, na Argentina. No evento, Lula vai receber a presidência temporária do Mercosul e deve ocupar o cargo por seis meses.

A posição é de relevância internacional e espera-se traba­lho do presidente na conclusão do acordo entre o grupo latino­-americano e a União Europeia. Poucos dias depois, no sábado (8), Lula deve estar em Letí­cia, cidade colombiana que faz fronteira com Tabatinga, muni­cípio brasileiro no Amazonas, para um fórum de debates cien­tíficos sobre a Amazônia.

O presidente garantiu a pre­sença no evento durante uma reunião bilateral com Gustavo Petro, presidente da Colômbia, em maio. Petro e Lula devem voltar a se reunir durante o fó­rum. Em 17 de julho, a viagem é para o outro lado do Atlântico. A União Europeia e a Comuni­dade dos Estados da América Latina e do Caribe (Celac) fa­rão uma cúpula conjunta em Bruxelas, na Bélgica.

Segundo nota divulgada pela UE, o objetivo é fortale­cer “a associação birregional da UE e dos países da Celac em prioridades compartilha­das como as transições digital e verde, a luta contra as mudan­ças climáticas e a perda de bio­diversidade, saúde, segurança alimentar, migração, seguran­ça, governança e a luta contra o crime transnacional”. Lula deve marcar presença como li­derança latino-americana.

Atuação internacional
Se as três agendas se cum­prirem, Lula completará suas primeiras dez viagens ao exte­rior nos primeiros sete meses de mandato. Assim, ele terá feito 15 visitas a 14 países di­ferentes (são duas visitas à Argentina) entre janeiro e ju­lho de 2023. Tudo isso, sem contabilizar a ida a Portugal e Egito que ocorreram depois das eleições, mas antes de ele tomar posse como presidente.

A primeira agenda interna­cional de Lula em seu terceiro mandato ocorreu ainda em ja­neiro, com roteiro latino-ame­ricano. Lula passou três dias entre Argentina e Uruguai. Na Argentina, formalizou o retor­no do Brasil à Celac depois dos quatro anos de afastamento durante o governo Jair Bolso­naro (PL). Em fevereiro, Lula visitou os Estados Unidos, com três dias de agenda com líderes da esquerda e com o presiden­te Joe Biden.

Segundo notas dos dois pa­íses, as principais pautas com o chefe de Estado americano fo­ram defesa da democracia, crise climática e guerra na Ucrânia. Na primeira metade de abril, Lula passou seis dias entre a China e os Emirados Árabes. Na China, o presidente assi­nou 15 acordos que envolvem cooperação, comunicação e comércio internacional. Outros 20 acordos comerciais foram assinados entre empresas e en­tes públicos dos dois países.

Nos Emirados Árabes, o presidente também firmou acordos, além de discutir meio ambiente – os Emirados Ára­bes serão sede da Conferência das Nações Unidas sobre Mu­danças Climáticas de 2023, a COP-28. Nessa viagem, Lula também questionou a posição do dólar como moeda inter­nacional e chegou a responsa­bilizar os Estados Unidos e a Europa pela continuidade da guerra na Ucrânia.

Ainda em abril, o presidente passou seis dias entre Portugal e Espanha, onde encontrou lí­deres e empresários dos países. Em Portugal, ainda participou da Cimeira Brasil-Portugal e da entrega do Prêmio Camões a Chico Buarque.No início de maio, Lula foi ao Reino Unido para a coroação do rei Charles III. A viagem durou dois dias.

Na sequência, também em maio, foi ao Japão em uma via­gem de seis dias para participar como convidado da cúpula do G-7, em Hiroshima. Na viagem mais recente, o presidente vol­tou à Europa, ficando cinco dias entre Itália, Vaticano e França. Na passagem, visitou líderes dos países, encontrou-se com o papa Francisco e participou de um evento do G-20 em Paris.

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