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Marcos Mion explica por que não leva filho Romeo em viagens com a família

Foto: Instagram @marcosmion
O apresentador do Caldeirão, Marcos Mion, publicou um longo vídeo no Instagram, para explicar por que o filho Romeo não vai a viagens com a família. Ele inclusive deu nome ao passeio: ‘A viagem do ano sem o Romeo’.

Com muita paciêcia e calma, ele conta que o filho, que acabou de completar 18 anos, precisa ter uma rotina bem estruturada para a própria auto-regulação. O termo é comum para pessoas no espectro autista, como Romeo, pois lidam de forma diferente com os estímulos ao redor e as próprias emoções.

Estrutura essa que, naturalmente, é rompida em uma viagem. “Tudo que quebra a rotina, que tira ele da zona de conforto, que causa surpresa, que traz inesperado, que tira os pés dele do chão, da segurança, gera Pânico, gera stress, desespero, gera crise”, conta Mion.

No material de 15 minutos, ele compartilha que as proporções dos sentimentos do filho também são diferentes das pessoas de fora do especto, chamadas de neurotípicas. Ele diz que as emoções ‘não cabem’ dentro do rapaz e ele precisa estravasar.

Isso vale para alegria, quando a euforia é enorme, e também para a raiva, que ‘é de explodir, é incontrolável’. A mesma coisa vale para ansiedade, nervosismo e medo. Sentimentos comuns, por exemplo, na hora de passar por detector de metais no aeroporto e voar de avião. Para Romeo, esses momentos seriam de alta tensão

Para a própria segurança do filho mais velho, vem a opção de evitar a sequência de imprevisibilidades que uma grande viagem de férias acarreta. Mas há ainda outro motivo-chave: os outros filhos.

Mion tem mais dois filhos. Donatella, de 14 anos, e Stefano, de 13. Ele diz que procura dar atenção da mesma forma aos três, mas admite que a vida da família gira em torno de se adaptar às nacessidade de Romeo. Os irmãos entendem isso, diz o apresentador. ‘Eles não conhecem a vida sem o autismo’, afirma o pai com orgulho.

Entretanto, Mion diz querer proporcionar aos mais novos as próprias experiências: “Eles querem gostar do que eles gostam, no ritmo deles. São pré-adolescentes com a personalidade deles. Existem estudos que irmãos de crianças especiais crescem com muitos problemas, por sempre serem deixadas de lado, terem suas vontades deixadas para segundo plano e muito menos atenção e muito menos tempo dos pais”. O que o apresentador diz não deixar ocorrer.

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