Tribuna Ribeirão
Saúde

SP alerta para casos de asma

AMANDA PEROBELLI/REUTERS

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo alerta para o aumento no número de aten­dimentos realizados em de­corrência de asma na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o estado. Em 2023, de janeiro a março, as internações causadas pela doença aumenta­ram em 50,7% e os atendimen­tos ambulatoriais, em 20,3%. Em 2022 também houve au­mento expressivo no número de procedimentos relacionados à asma em relação a 2021.

“O inverno é um período de risco para quem tem asma, tanto pelas mudanças do tem­po quanto pelo aumento das infecções virais. Nessa época do ano, é normal aumentar a pro­cura pelo pronto-socorro por crises asmáticas, inclusive com internações”, diz a doutora Sa­mia Rached, pneumologista do ambulatório de asma grave do Instituto do Coração do Hospi­tal das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).

“É importante usar os me­dicamentos da forma como os médicos orientam, além de se proteger: evitar contato com pessoas com gripes e resfriados, tomar as vacinas que previnem doenças respiratórias e evitar contato com o que pode desen­cadear uma crise”.

De janeiro a março deste ano, foram registradas 4.416 in­ternações e 15.910 atendimen­tos ambulatoriais no Estado de São Paulo, um crescimento expressivo em relação às 2.929 internações e 13.216 atendi­mentos realizados no mesmo período em 2022, números superiores aos registrados nos primeiros três meses dos últi­mos cinco anos.

No primeiro trimestre do ano passado, em relação ao mesmo período de 2021, já ha­via sido registrado um aumento de 90,8% nas internações (fo­ram 1.452 em 2021) e 101,7% nos atendimentos ambulato­riais (6.926 em 2021). No total, os números de 2022 também superaram os de 2021, mas em menor proporção.

Foram 15.533 internações, comparadas a 11.551 em 2021, um aumento de 34,4%, e 60.804 atendimentos ambulatoriais, sendo que houve 40.974 desses atendimentos em 2021, repre­sentando 48,3% de aumento. A asma é um processo inflama­tório das vias respiratórias que causa o estreitamento dos brô­nquios, que são os canais por onde passa o ar nos pulmões.

A doença causa tosse seca, chiado no peito, sensação de pressão nos pulmões, falta de ar e dificuldade para respirar. A pessoa afetada pela condição possui mais dificuldade para expelir o ar dos pulmões do que para inspirar, causando a sensa­ção de sufocamento.

O agravamento da doença está ligado a crises alérgicas, contato com fumaça, gases químicos, produtos de limpeza com cheiro forte, perfumes, in­fecções virais, poluição, exposi­ção ao tempo frio, pólen e a mi­cro-organismos, como ácaros e fungos, que se proliferam em ambientes com muita poeira, quentes e úmidos.

A causa, no entanto, é des­conhecida e, segundo especia­listas, envolve fatores genéticos e ambientais. Os sintomas, a gravidade da doença e os gati­lhos que levam ao agravamento variam muito de pessoa para pessoa, então o tratamento é in­dividualizado e, na sua maioria, por meio de medicamentos que atuam para desinflamar os brô­nquios ou atenuar os sintomas.

A asma não tem cura, mas a maioria das pessoas asmá­ticas vive uma vida normal, sem impedimentos à prática de atividades físicas, ao de­sempenho regular no tra­balho ou nos estudos e sem maiores restrições para além de deverem evitar o que pode desencadear crises.

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