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‘Carro zero’ terá mais R$ 300 mi

RAFA NEDDERMEYER/AG.BR.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta quarta-feira, 28 de junho, que o governo vai aumentar de R$ 500 milhões para R$ 800 milhões o crédito para bancar o desconto no preço de carros no país. Com isso, o montante total disponibilizado ao programa, que atende caminhões e ônibus também, subirá de R$ 1,5 bi­lhão para R$ 1,8 bilhão.

Diesel
Segundo o ministro da Fa­zenda, para compensar R$ 200 milhões da fatia aumentada, o governo vai promover uma nova parcela de reoneração do diesel a partir de outubro, de três centavos. Quando divulgou a medida no início do mês, o Executivo já havia anunciado que, em 90 dias, o combustível seria reonerado em R$ 0,11 dos R$ 0,35 que seriam aplicados só a partir do próximo ano.

Portanto, com a decisão de ampliar o crédito disponível, o patamar ficará em R$ 0,14 a partir de outubro. Já os outros R$ 100 milhões usarão uma so­bra da primeira compensação. “O presidente Lula resolveu atender a fila que se formou até ontem (…) Tem R$ 100 milhões que já estão na medida provisó­ria que está no Congresso. Na­quela reoneração de onze cen­tavos já havia uma sobra de R$ 100 milhões. Mantendo o que falei desde o início, que seria um programa de menos de R$ 2 bilhões”, disse Haddad.

Medida provisória
Ele confirmou também que uma nova medida provisória será editada, “ou amanhã ou depois”. “Está decidido, deve estar tramitando para a Casa Civil, como de praxe”, acres­centou. O ministro avaliou que os consumidores não vão sentir o impacto da reoneração extra na bomba em razão da queda adicional do dólar des­de que a medida foi anunciada, além da queda registrada nos preços do petróleo.

“Estamos sem preocupações em relação a isso, não tem im­pacto para o consumidor”, disse, segundo quem notícias de sus­pensão da produção de veículos coincidiram com uma demanda que já estava no radar do go­verno, por meio do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Originalmente, a possi­bilidade de empresas, como locadoras de veículos, entra­rem no programa de compra de carros acabaria no último dia 20, mas a exclusividade para pessoas físicas se bene­ficiarem dos descontos foi estendida por duas semanas. Para as compras de ônibus e caminhões, a exclusividade acabou no último dia 21, e as empresas já podem adquirir esses veículos com desconto.

Segundo o painel de dados lançados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), R$ 420 milhões dos R$ 500 milhões em crédito tributá­rio para a compra de carros já foram usados. Isso equivale a 84% do total.

Esgotou
Em algumas montadoras, o total de crédito pedido es­gotou-se. Na terça-feira (27), a Volkswagen suspendeu a pro­dução de carros no Brasil, ale­gando estagnação do mercado e pátios cheios. De acordo com o painel do MDIC, a montado­ra teve R$ 60 milhões de crédi­tos tributários liberados.

Quanto aos subsídios de ve­ículos pesados e de passageiros, os valores executados não sofre­ram alteração desde a semana passada. Os créditos tributários para a venda de caminhões so­mam R$ 100 milhões, 14% dos R$ 700 milhões disponíveis. Para a venda de ônibus, foram concedidos R$ 140 milhões em crédito, de um total de R$ 300 milhões disponíveis.

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