Histórias do Pintadinho
Em uma pequena cidade, cuja Câmara possuía menos de 10 vereadores, um servidor nasceu com pintas por todo o corpo. Era conhecido por Pintadinho. Muitas histórias eram contadas a respeito do pobre rapaz, principalmente diziam de suas conquistas das mais bonitas garotas da cidade. Nelas era conhecido como “Casanova” e as moças casadouras não desmentiam a fama. Houve até o fato, segundo o qual, um padre que em confissão ao saber que uma jovem dizia que estava sendo paquerada pelo dito pleno de pintas, ele teria orientado a que ela o atendesse, pois ele seria alguém que quando queria uma coisa ninguém segurava. Coisas ditas e mentiras adicionadas.
Assessor de vereador
O jovem estudou e as mais bonitas meninas o escolhiam para companheiro de estudos. Conseguiu passar em um concurso do Legislativo e era competente funcionário. Certa feita foi convidado para assessorar a alguns legisladores em um Congresso do Município para o qual também estava na lista dos participantes um edil, cuja mulher era linda, maravilhosa. Os que gostavam de colocar fogo na lenha da fogueira começaram a atazanar o recém-casado com a mulher nota 10. Diziam todas as histórias do Pintadinho e outras inventadas. Quando chegaram em uma estância climática, onde seria o evento, na hora da inscrição o vereador o agarrou pelo colarinho e disse: – “Se tentar alguma coisa com milha mulher eu o mato”. O rapaz se borrou todo e nem conseguiu permanecer no Congresso. Pegou o primeiro ônibus para a nossa região e em aqui chegando pediu demissão do emprego sem nenhuma vantagem. Nunca mais passou por perto da Câmara. Algumas bocas rotas garantiam que “neste pau tinha mel”, ou seja, que havia alguma treta entre os dois. E marido e mulher viveram felizes para sempre…