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Febre Maculosa: saiba mais sobre a doença e como evitá-la

De acordo com o Ministério da Saúde, a febre macu­losa é uma doença infecciosa febril aguda que pode variar desde formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A febre maculosa é cau­sada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato.

No Brasil, o principal vetor é conhecido como carra­pato-estrela, entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode carregar a bactéria causadora da febre maculosa, como, por exemplo, o carrapato do cachorro. Grandes mamíferos, como capivaras, bois e cavalos, podem estar infectados por essa bactéria, e quando o carrapato pica o animal, ele também se contamina com a Rickettsia. Na próxima refeição de sangue, o carrapato pode inocular a bactéria no animal que for se alimentar. O animal per­manece aderido à pele da pessoa por horas e só inocula a bactéria quatro horas depois de se fixar, portanto, há tempo suficiente para que a pessoa, ao encontrar um carrapato em sua pele, o remova cuidadosamente com uma pinça.

Entre dois e 14 dias após o contato com o carrapato infectado, os sintomas surgem abruptamente, incluindo febre alta, dor de cabeça, cansaço, desânimo, dores muscu­lares, dor abdominal e, à medida que a infecção progride, é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos, tornozelos, palmas das mãos e plantas dos pés. Essas duas características clínicas, febre e manchas (máculas) na pele, são responsáveis pelo nome “febre maculosa”.

Se a infecção for tratada até cinco dias após o início dos sintomas, pode ser controlada, mas se não for reconhecida e não receber o antibiótico correto (doxiciclina), a pessoa pode desenvolver quadros graves que levam à morte. O tratamento com doxiciclina é recomendado mesmo sem a confirmação laboratorial da infecção, que pode levar dias ou semanas. Com a suspeita clínica, inicia-se o tratamento, que pode durar de uma a duas semanas.

A melhor maneira de prevenir essa infecção é evitar o contato com carrapatos, evitando áreas onde o carrapato é endêmico, pois não há possibilidade de eliminar os car­rapatos sem causar grandes danos ecológicos. Sugere-se evitar andar em locais com grama ou vegetação alta.

Na região Sudeste, a mais afetada, os casos estão con­centrados no interior do estado de São Paulo, em cidades como Campinas e Piracicaba. Os carrapatos são encontra­dos na grama e no pasto, portanto, evitar essas áreas parece ser prudente, principalmente nos meses de calor, quando os carrapatos estão mais ativos. Se houver necessidade de contato com essas áreas, é recomendado usar roupas claras que cubram todo o corpo (calça comprida, blusa de manga comprida) e botas. Além disso, é importante verificar a cada duas horas se não há carrapatos aderidos à pele, uma vez que esse contato geralmente é indolor e imperceptível.

O uso de repelentes de insetos pode contribuir para evitar que os carrapatos atinjam a pessoa. Quanto mais rá­pido os carrapatos forem removidos do corpo, menor será o risco de contrair a doença. Após o uso, todas as peças de roupas devem ser colocadas em água fervente para a remo­ção dos carrapatos.

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