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JARDIM OLHOS D’ÁGUA – Parque está há 2 anos fechado

ALFREDO RISK/ARQUIVO

A Secretaria Municipal da Saúde, por meio da Divisão de Vigilância Ambiental, in­forma que, desde o fechamen­to do Parque Jardim Olhos D’Água, na Zona Sul de Ribei­rão Preto, em 12 de julho de 2021, deu início a uma série de trabalhos para a avaliação e classificação da área, iden­tificação da espécie de carra­pato endêmica e também para verificar se existia a presença da bactéria causadora da febre maculosa nas capivaras que “frequentam” o local.

Os trabalhos são realizados em parceria entre as secretarias municipais e estaduais de Saú­de e do Meio Ambiente. Após a classificação, levantamento xvdo nível de infestação, estrutu­ra do parque, entre outros tó­picos, a prefeitura de Ribeirão Preto pediu ao Estado a coleta de sangue e sorologia das ca­pivaras. A solicitação envolve levantamento demográfico do mamífero que carrega o carra­pato-estrela, transmissor da fe­bre maculosa. A população de roedores do local será isolada.

O material foi colhido e encaminhado para análise e o resultado foi não reagente. Na sequência, foi realizada uma inspeção por técnicos do Es­tado para verificar “in loco” a problemática do Parque Olhos D’Água. A prefeitura de Ribei­rão Preto diz que aguarda pa­recer das secretarias estaduais da Saúde, do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística com as orientações para a próxima etapa do processo.

Não há previsão de quando o parque, fechado há dois anos, será reaberto. A prefeitura diz que embora não exista o risco iminente de transmissão da febre maculosa, conforme o resultado da sorologia, a infes­tação de carrapatos continua elevada no local, “o que pode trazer riscos à saúde da popula­ção humana e também animal que frequenta o local”.

Os trabalhos estão em an­damento, sendo os próximos passos a realização do manejo reprodutivo dos animais e o cercamento da Área de Pre­servação Permanente (APP). No atual momento, foi con­tratado o serviço de castração das capivaras.

Está na fase de encaminha­mento do projeto à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística para início dos trabalhos. A doen­ça pode causar, além de febre, dor no corpo, dor de cabeça, dor articular, vômito e man­chas e pode levar a óbito.

Pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária e Zoo­tecnia (FMVZ) da Universida­de de São Paulo (USP) e da Su­perintendência do Controle de Endemias (Sucen) já compro­varam que as capivaras apresen­tam um importante papel na transmissão da febre maculosa.

A febre maculosa é trans­mitida aos seres humanos pela picada do carrapato-estrela infectado com riquétsia. A doença causa febre, dor mus­cular, cefaléia e, em 70% dos casos, manchas na pele a partir do terceiro dia após a infecção, podendo haver necrose das ex­tremidades e, nos casos mais graves, levar à morte.

A Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde, órgão da Secretaria Municipal da Saúde, informa que Ribeirão Preto notificou, em 2023, qua­tro casos suspeitos de febre maculosa, doença transmitida pela picada do carrapato-es­trela, e todos foram negativos e descartados.

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