A Secretaria Municipal da Saúde, por meio da Divisão de Vigilância Ambiental, informa que, desde o fechamento do Parque Jardim Olhos D’Água, na Zona Sul de Ribeirão Preto, em 12 de julho de 2021, deu início a uma série de trabalhos para a avaliação e classificação da área, identificação da espécie de carrapato endêmica e também para verificar se existia a presença da bactéria causadora da febre maculosa nas capivaras que “frequentam” o local.
Os trabalhos são realizados em parceria entre as secretarias municipais e estaduais de Saúde e do Meio Ambiente. Após a classificação, levantamento xvdo nível de infestação, estrutura do parque, entre outros tópicos, a prefeitura de Ribeirão Preto pediu ao Estado a coleta de sangue e sorologia das capivaras. A solicitação envolve levantamento demográfico do mamífero que carrega o carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa. A população de roedores do local será isolada.
O material foi colhido e encaminhado para análise e o resultado foi não reagente. Na sequência, foi realizada uma inspeção por técnicos do Estado para verificar “in loco” a problemática do Parque Olhos D’Água. A prefeitura de Ribeirão Preto diz que aguarda parecer das secretarias estaduais da Saúde, do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística com as orientações para a próxima etapa do processo.
Não há previsão de quando o parque, fechado há dois anos, será reaberto. A prefeitura diz que embora não exista o risco iminente de transmissão da febre maculosa, conforme o resultado da sorologia, a infestação de carrapatos continua elevada no local, “o que pode trazer riscos à saúde da população humana e também animal que frequenta o local”.
Os trabalhos estão em andamento, sendo os próximos passos a realização do manejo reprodutivo dos animais e o cercamento da Área de Preservação Permanente (APP). No atual momento, foi contratado o serviço de castração das capivaras.
Está na fase de encaminhamento do projeto à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística para início dos trabalhos. A doença pode causar, além de febre, dor no corpo, dor de cabeça, dor articular, vômito e manchas e pode levar a óbito.
Pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo (USP) e da Superintendência do Controle de Endemias (Sucen) já comprovaram que as capivaras apresentam um importante papel na transmissão da febre maculosa.
A febre maculosa é transmitida aos seres humanos pela picada do carrapato-estrela infectado com riquétsia. A doença causa febre, dor muscular, cefaléia e, em 70% dos casos, manchas na pele a partir do terceiro dia após a infecção, podendo haver necrose das extremidades e, nos casos mais graves, levar à morte.
A Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde, órgão da Secretaria Municipal da Saúde, informa que Ribeirão Preto notificou, em 2023, quatro casos suspeitos de febre maculosa, doença transmitida pela picada do carrapato-estrela, e todos foram negativos e descartados.