Tribuna Ribeirão
Geral

Projeto prevê lixeiras para itens recicláveis

ALFREDO RISK

Um projeto de lei em aná­lise na Câmara de Ribeirão Preto pretende autorizar os munícipes da cidade a instala­rem, na frente de suas residên­cias e lojas comerciais, lixeiras para separação de materiais recicláveis – plástico, metal, vidro e papel, entre outros. Os dispositivos seriam semelhan­tes aos instalados em parques públicos e no calçadão na re­gião Central de Ribeirão Preto e poderão ser menores do que os instalados nestes locais.

De autoria do vereador Matheus Moreno (MDB) a proposta tem como objetivo possibilitar que os transeun­tes que passarem por estes lo­cais destinem os resíduos que portarem nas mesmas e não no espaço público ou privado, inadequadamente. “As lixeiras instaladas deverão o ser na cal­çada, adjacente a guia da via pública, de pequeno porte e de tal forma que não interfiram ou dificultem o estacionamen­to de veículos na via, quando permitido, e tampouco, a ga­rantia de espaço de passagem e mobilidade de transeuntes na calçada onde estará instalada”, diz parte da justificativa.

A proposta também esta­belece que os munícipes que fizerem a instalação dos equi­pamentos ficarão responsáveis pela manutenção da lixeira instalada e pelo recolhimento do que nela foi descartado, co­locando o conteúdo em sacos plásticos ou outra embalagem afim, e disponibilizar à coleta pública de lixo – comum ou reciclável –, realizada pela em­presa que faz o recolhimento na cidade. Atualmente a cole­ta do lixo é feita pela empresa Estre Ambiental e um novo processo licitatório está em fase de conclusão para contra­tação de uma nova empresa que fará também a coleta dos resíduos sólidos.

Os equipamentos não po­derão interferir ou dificultar o estacionamento de veículos na via, quando permitido, e tam­pouco, a garantia de espaço de passagem e mobilidade de transeuntes da respectiva cal­çada. Segundo o vereador afir­ma no projeto, um dos grandes problemas no urbanismo das cidades é o péssimo hábito das pessoas no descarte irregular de resíduos, notadamente lixo orgânico e inorgânico oriun­do do consumo alimentar fast food – cascas ou restos de ali­mentos, embalagens, garra­fas plásticas, latas, tampinhas plásticas ou metálicas, guarda­napos, canudos, sacolas plásti­cas. Além dos tocos, bitucas e guimbas de cigarros.

“Normalmente esse descar­te ocorre por transeuntes ou mesmo por motoristas e ou­tros passageiros embarcados em veículos, e em calçadas, vias públicas e outros logra­douros públicos, numa ação de incivilidade e desrespeito cida­dão, que além de tudo afronta a higiene, sanidade e asseio do espaço público e a susten­tabilidade ambiental, além de causar entupimento de redes de águas pluviais e de esgotos”, afirma. Atualmente, o projeto está na Comissão de Consti­tuição, Justiça e Redação (CCJ) da Câmara e se receber parecer favorável será colocado em vo­tação no plenário.

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